Instantes após a goleada do FC Porto frente ao Casa Pia (4-0) no Estádio do Dragão, este domingo, Francesco Farioli marcou presença na conferência de análise ao encontro da terceira jornada da I Liga, onde acabou por ser questionado pela arbitragem, bem como pelo Clássico frente ao Sporting, agendado para este sábado.
"Eu já tinha dito ontem que gostaria de evitar falar dos árbitros, mas a verdade é que estava um bocado com receio da dinâmica, sobretudo quando isso afeta as decisões que tenho de pensar para o jogo. Só acho que, se vamos com este ritmo de cartões agora, lá para a sexta ou sétima jornada já temos alguém suspenso. Creio que isso não é o que nós merecemos", começou por dizer, já depois de ter justificado as substituições dos jogadores com cartões amarelos.
"Clássico? Estava a pensar em acabar o jogo com onze jogadores. É estranho ter jogadores com amarelo quando tenho um resultado de 3-0 ao intervalo. Por isso, tenho de agir de forma a proteger os jogadores porque algumas faltas podem originar algo mais", havia dito o técnico italiano na flash interview, 'afastando' o pensamento centrado no jogo em Alvalade.
Para além disso, Francesco Farioli 'apontou baterias' para o duelo de cartaz da quarta ronda da I Liga, não hesitando em sublinhar as melhorias que considera necessárias para a sua equipa, apesar do bom arranque de temporada.
"Temos seis dias para nos prepararmos para irmos a casa do Sporting, o campeão em título. Para nós, será um bom teste para percebermos onde estamos e, claro, para continuarmos a crescer. Os Clássicos são sempre especiais mas a abordagem tem de ser a mesma. Não muda o emblema que está nas camisolas em termos da atitude que temos de ter. Respeitamos toda a gente. Queremos estar no auge", vincou.
“Pretendemos ficar mais tempo no jogo. Na segunda parte, penso que perdemos um bocado a estrutura e depois surgiu uma espécie de efeito dominó. Há definitivamente coisas para melhorar. A forma como jogamos é exigente do ponto de vista físico e mental. Há muitas decisões para tomar. Os jogadores estão muito expostos a duelos e a contactos, pelo que temos de tomar decisões sob pressão. No geral, estou muito satisfeito com a equipa e com o que os jogadores estão a fazer, em dia de jogo, mas especialmente durante a semana", atirou de seguida.
"Coloco sempre a equipa acima de tudo e de qualquer jogador. Sou tolerante com faltas técnicas, mas a minha linha vermelha chega muito rápido com a falta de espírito e de mentalidade com o que fazemos em campo. Exijo muito aos jogadores, no entanto, por vezes, um ou dois jogadores abaixo do máximo podem fazer com que tudo se desmorone. Seja como for, até ao momento, estou mesmo muito feliz por ver todos à minha a volta a ir até ao limite. É isso que precisamos de continuar a fazer", completou.
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