Instantes após a goleada do Manchester United frente ao Bournemouth (4-1), na madrugada desta quinta-feira, Diogo Dalot foi desafiado a analisar mais um triunfo dos red devils, com especial destaque o papel de Ruben Amorim. Para além disso, o defesa-direito falou ainda da morte de Diogo Jota pela primeira vez em público.
"Diferenças? Desde logo, há outra conexão entre os jogadores. Penso que estamos a tentar criar um grupo em que todos lutam uns pelos outros. É claro que ainda nos falta um longo caminho , mas apontamos à perfeição, ainda que ela nunca exista. Acho que já se veem alguns sinais de uma equipa que está a lutar um pouco mais, a ter mais intensidade", começou por dizer na zona mista do estádio, durante a digressão nos Estados Unidos da América, antes de falar de Ruben Amorim.
"Como treinador, ele é muito bom a extrair o melhor de cada jogador. É muito claro na mensagem que passa: ou queres fazer parte da equipa ou não podes estar aqui. E se queres estar no Manchester United tens de cumprir um certo nível de exigência, se não o fizeres este não é o lugar para ti. O grupo que começou a pré-época é aquele em que ele acredita. Claro que temos jogadores novos a entrar, o que é sempre ótimo, e nós conseguimos perceber rapidamente que também eles cumprem este grau de exigência. Estamos muito contentes com a forma como as coisas estão a correr mas não nos vamos deixar deslumbrar pelos resultados, deve apenas servir-nos de motivação para continuar", apontou de seguida.
A importância de fazer uma pré-época às ordens do treinador ex-Sporting, contrariamente ao que aconteceu na temporada passada, acabou por ser vincada por Diogo Dalot.
"Ele certifica-se que chegamos a cada jogo preparados e a saber mais ou menos o que vai acontecer do lado do adversário, por isso olhamos para cada partida com detalhe e trabalhamos muito os aspetos táticos. Ao mesmo tempo, a mensagem é clara: não há demasiada informação, toda a gente sabe duas ou três coisas que tem de fazer dentro de campo. Penso que quando nos habituarmos a isso, chegaremos a um ponto em que jogaremos quase de olhos fechados", atirou.
"Na temporada passada não quisemos usar isso como desculpa, até porque estamos num clube onde a exigência é máxima e temos de encontrar uma forma de ganhar, mas acredito que esta época vamos todos ver que quando há tempo para trabalhar as mensagens passam de forma mais clara e os resultados aparecem", completou sobre o tema.
Já depois de ter estado no funeral de Diogo Jota e André Silva, no passado dia 5 de julho, Diogo Dalot pronunciou-se ainda pela primeira em público sobre a trágica partida do seu antigo compatriota, revelando o que sentiu quando entrou em campo e viu camisolas com o nome do ex-Liverpool.
"É difícil falar sobre isso. Não consigo imaginar o que a família passou, felizmente tive a oportunidade de estar com eles, ainda que não haja palavras para falar sobre uma tragédia destas. É algo que atingiu toda a gente, todo o mundo sentiu ainda que não conhecesse o Diogo pessoalmente. Ainda hoje, quando entrei em campo, vi camisolas com o nome dele e acho que ele vai ser relembrado para sempre porque ele merece. Era um grande homem, um grande companheiro de equipa, alguém que era um exemplo para mim porque punha a equipa sempre em primeiro lugar. Vou sempre lembrá-lo e espero que esteja em paz, onde quer que seja", contou ainda.
Leia Também: Luis Díaz diz 'adeus' ao Liverpool com referência tocante a Diogo Jota
Leia Também: Arrepiante. Fãs do Liverpool recordam Diogo Jota com 'show' de lanternas