Segundo informou o partido, a reunião realiza-se pelas 17:30 na Sala do Senado e acontece na véspera da primeira sessão da XVII legislatura, na qual tomarão posse os novos deputados.
O PSD ainda não anunciou, formalmente, a proposta de recondução de José Pedro Aguiar-Branco como presidente do parlamento, com o deputado reeleito por Viana do Castelo a manifestar-se disponível para voltar a ocupar este cargo.
Esta será a primeira reunião do grupo parlamentar do PSD depois das legislativas de 18 de maio que a AD (coligação PSD/CDS-PP) venceu, elegendo 91 deputados em 230 (tinha 80 na XVI legislatura, que hoje termina), dos quais 89 são do PSD e dois do CDS-PP.
Após a distribuição dos mandatos da emigração, o Chega passou a ser a segunda maior força parlamentar, com 60 deputados, mais dois do que os 58 eleitos pelo PS, que teve mais votos.
A IL manteve-se o quarto maior partido no parlamento, com nove deputados, seguindo-se o Livre, com seis, o PCP, com três, e o BE, o PAN e o JPP, com um cada.
Na XVII legislatura, a Assembleia da República passará a ter dez forças políticas representadas, em vez de nove, com a entrada inédita do JPP. Terá, contudo, menos grupos parlamentares, sete (contra oito na anterior), já que três partidos estarão representados por deputados únicos.
Na primeira sessão plenária da XVII legislatura, na terça-feira, deverá ser eleita a Mesa da Assembleia da República, composta, além do presidente, pelos vice-presidentes, secretários e vice-secretários.
Cada um dos quatro maiores grupos parlamentares (nesta legislatura PSD, Chega, PS e IL) propõe um vice-presidente e, tendo um décimo ou mais do número de deputados, pelo menos um secretário e um vice-secretário.
Na anterior legislatura, foram eleitos pelo PSD Teresa Morais como vice-presidente, Jorge Paulo Oliveira e Maria Germana Sousa como secretários e Sandra Pereira como vice-secretária.
Após a instalação do parlamento e da posse dos novos deputados, o primeiro-ministro indigitado, Luís Montenegro, poderá propor formalmente ao Presidente da República a composição do futuro Governo Constitucional, o XXV, e o segundo que irá liderar.
O chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, já disse esperar dar posse a todo o Governo antes do 10 de junho, quer seja numa cerimónia única para empossar todo o executivo ou em dois momentos - tomando primeiro posse Luís Montenegro e os ministros e só depois os secretários de Estado, tal como aconteceu em 2024.
No domingo, o primeiro-ministro indigitado, Luís Montenegro, corroborou este calendário, dizendo que a formação do Governo "está em curso", numa tarefa que espera concluída "lá mais para o fim da semana".
De acordo com a Constituição, o Governo só entrará em plenitude de funções após a apreciação do seu programa pelo parlamento, se não for rejeitado, o que tem de acontecer num prazo máximo de dez dias após o executivo ter sido empossado.
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