No Dia da Ucrânia, Marcelo critica Rússia e "pretensos medianeiros"

Por ocasião do 34.º aniversário da independência, "o Presidente da República envia à Ucrânia, ao Povo Ucraniano e ao Presidente Volodymyr Zelensky um abraço ainda mais solidário".

Assinatura da declaração conjunta de Intenções entre o Grupo Volkswagen e o Governo com vista à produção do ID. EVERY1

© Lusa

Lusa
24/08/2025 07:59 ‧ há 7 horas por Lusa

País

Ucrânia

O Presidente da República português, Marcelo Rebelo de Sousa, enviou uma carta de felicitações pelo Dia Nacional da Ucrânia ao Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, na qual acusa a Rússia de violar essa independência e critica "pretensos medianeiros" da paz.

 

Por ocasião do 34.º aniversário da independência, "o Presidente da República envia à Ucrânia, ao Povo Ucraniano e ao Presidente Volodymyr Zelensky um abraço ainda mais solidário", lê-se na carta divulgada pela presidência, em que Marcelo Rebelo de Sousa detalha porque diz "ainda mais solidário".

"Porque, agora como nunca, convém ao invasor que violou essa independência, fazer de conta de que não houve invasão. E de que é possível avançar para acordo de paz sem cessar-fogo e usar o acordo de paz para negociar parcelas do território ucraniano que ocupou e continua a tentar ocupar", afirma o chefe de Estado português.

Marcelo denuncia também que "surgem e surgirão pretensos medianeiros que, ainda há meses, eram entusiásticos apoiantes da Ucrânia e confundem, ostensivamente, paz digna, duradoura e respeitadora dos valores e princípios do Direito Internacional com o que convém a quem invadiu, ocupou e ocupa e tudo fez para ganhar tempo e apagar memória".

"Portugal não muda de valores e princípios, nem muda de lado", assegura o Presidente, afirmando que o país "continua ao lado da Ucrânia e sua independência, como antes de 2022, em 2022, 2023, 2024. Sempre".

O presidente norte-americano, Donald Trump, está a preparar um encontro entre os líderes russo, Vladimir Putin, e ucraniano, Volodymyr Zelensky, e tem falado em cedência de território, mas a participação dos beligerantes parece ainda longe de estar garantida.

"Um dia, estaremos de novo juntos como um país. É uma questão de tempo"

Volodymyr Zelensky destacou a unidade dos ucranianos, que nenhuma "ocupação temporária" pode mudar, mas sem prever uma libertação rápida dos territórios sob controlo russo.

Lusa | 09:31 - 24/08/2025

Meses depois da invasão, em fevereiro de 2022, a Rússia declarou a anexação das regiões ucranianas de Donetsk, Lugansk, Zaporijia e Kherson, depois de, já em 2014, ter invadido e anexado a Crimeia.

A Ucrânia e a generalidade da comunidade internacional não reconhecem a legitimidade das anexações.

A Rússia ocupa atualmente cerca de 20% do território da Ucrânia, uma antiga república soviética que Putin defende que não devia ser um país independente, mas antes integrar a Federação Russa.

Kyiv recusa qualquer cedência do território que tinha quando se tornou independente na sequência do colapso da União Soviética em 1991, e isso mesmo reiterou hoje Zelensky numa mensagem alusiva ao dia da bandeira nacional.

"Esta bandeira é o objetivo e o sonho de muitos dos nossos compatriotas nos territórios temporariamente ocupados da Ucrânia. E eles protegem-na, mantêm-na segura, porque sabem que não entregaremos a nossa terra ao ocupante", afirmou, citado pela EFE.

A guerra da Rússia contra a Ucrânia causou dezenas de milhares de vítimas civis e militares, segundo estimativas de diversas fontes, embora o número preciso seja desconhecido.

Leia Também: Mais de 60% dos polacos rejeitam envio de tropas em missão para Ucrânia

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas