Quase 2.300 combatem incêndios. Piódão e Pedrógão? "Maior preocupação"

A Proteção Civil contabilizou hoje 57 novos focos de incêndios rurais e as ocorrências ativas empenhavam 2.258 operacionais, com três fogos de maior preocupação, um no Piódão e dois em Pedrógão Grande.

Forest fire in Pedrogao Grande

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Lusa
23/08/2025 20:08 ‧ há 3 horas por Lusa

País

Incêndios

De acordo com o segundo comandante nacional de Emergência e Proteção Civil, José Ribeiro, entre as 00h00 e as 17h00, registou-se "um total de 57 ocorrências", das quais 12 no período noturno, "maioritariamente naquilo que é a zona norte do país, mas também algumas na região centro".

 

"Neste momento temos empenhados, na totalidade, 2.258 operacionais, apoiados por 754 veículos e 30 meios aéreos", afirmou o responsável operacional no ponto de situação na sede da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), em Carnaxide (Oeiras), pelas 19h00.

José Ribeiro acrescentou que, nesse momento, existiam "três ocorrências" que "apresentam maior preocupação pela complexidade" que colocam no combate.

Nesta situação estão "a ocorrência de Piódão, em Coimbra", que "já está na zona de Castelo Branco e da Guarda", mobilizando "1.603 operacionais, 513 veículos e 18 meios aéreos".

"Esta tarde surgiram mais dois incêndios na zona de Pedrógão [Grande], um em São Vicente, outro na Graça", acrescentou, avançando que, em São Vicente, estavam 410 operacionais, 116 veículos e 16 meios aéreos, e na Graça 189 operacionais, 47 veículos e três meios aéreos.

"Portanto, no total destas três ocorrências, temos 2.159 operacionais, 726 veículos e 29 meios aéreos", apontou.

Em relação aos incêndios de Pedrógão Grande, José Ribeiro assegurou que foi realizada "uma mobilização muito musculada com os meios que estavam disponíveis", deslocando "um número muito reduzido de meios no incêndio de Piódão" e empenhando "a partir dos meios que estavam disponíveis, das regiões mais próximas, mas também" de "zonas mais afastadas"

"Não apenas de meios de combate, mas também daquilo que são meios de proteção de aglomerados urbanos e também grupos de evacuação sanitária", explicou o responsável operacional da ANEPC, acrescentando: "Estamos a preparar aquilo que é uma resposta robusta e transversal àquilo que entendemos que vão ser as necessidades operacionais" naqueles "dois teatros de operações".

O segundo comandante nacional salientou que "há um conjunto de aglomerados que estão na linha de fogo e que têm vindo a ser evacuados ou confinados, com o trabalho feito em articulação com a Guarda Nacional Republicana".

"Posso garantir é que estamos a fazer o possível para que pessoas e património não sejam afetados", reforçou José Ribeiro, garantindo que através desses meios estão "a fazer aquilo que é possível para evitar situações mais complexas e mais gravosas".

Além dos incêndios em curso, ainda que se registava "um conjunto de ocorrências, 49, que se mantém em resolução e que, apesar disso, exigem a presença de 708 operacionais, 205 veículos e 11 meios aéreos" e que, até às 17h00, foram transportados "para unidades hospitalares dois operacionais e um civil".

O dispositivo especial de combate a incêndios rurais mantém o estado de prontidão especial de nível quatro até ao final de segunda-feira, dia em que será feita uma avaliação face às previsões das condições meteorológicas para os dias seguintes.

"Relativamente às condições meteorológicas para os próximos dias, não verificámos alterações significativas. Irá manter-se este padrão de condições meteorológicas muito adversas e será feita uma nova avaliação a partir de segunda-feira, que nos dará depois uma perspetiva para o resto da semana", adiantou.

Além dos planos distritais de Emergência e Proteção Civil de Coimbra, Guarda e Castelo Branco, também se encontram ativos os planos municipais de Castelo Branco, Covilhã, Fundão, Guarda, Oliveira do Hospital, Seia e Trancoso, que resultam principalmente dos incêndios de Piódão e de Trancoso.

O segundo comandante nacional endereçou "uma palavra de estímulo e motivação a todos os operacionais que estão nos diversos teatros de operações" e deixou "uma nota de pesar" e "sentidas condolências à família e aos amigos" do operacional Daniel Esteves, de 45 anos, da Afocelca (empresa de proteção florestal detida pelos grupos do setor da celulose Altri e Navigator), que ficou gravemente ferido em operações de combate ao incêndio no concelho do Sabugal e morreu hoje.

Os fogos já provocaram quatro mortos, incluindo um bombeiro, e vários feridos, alguns com gravidade, e destruíram total ou parcialmente casas de primeira e segunda habitação, bem como explorações agrícolas e pecuárias e área florestal.

Segundo dados oficiais provisórios, até 03 de agosto arderam cerca de 248 mil hectares no país, mais de 57 mil dos quais só no incêndio que teve início em Arganil.

Leia Também: Incêndios: Marcelo promulga medidas do Governo para apoiar populações

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