"A situação está mais ou menos controlada. Os meios aéreos foram fundamentais, tivemos 11 aeronaves a atuar durante a tarde e isso ajudou o trabalho dos operacionais e da população no terreno", afirmou o presidente da Câmara de Figueira de Castelo Rodrigo, Carlos Condesso, à agência Lusa.
O alerta para o incêndio na União de Freguesias de Cinco Vilas e Reigada foi dado às 14h58 e o combate às chamas continuava a mobilizar 120 homens, 29 veículos e um meio aéreo às 20:00, segundo o 'site' da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).
Segundo Carlos Condesso, até agora só arderam mato e alguns sobreiros.
"Felizmente, foram poupados amendoais, olivais e vinhas, graças à pronta atuação de bombeiros, populares e meios aéreos", realçou.
Ao final da tarde, o fogo mantinha uma frente ativa com "cerca de três quilómetros" entre a localidade de Cinco Vilas e o limite do concelho de Almeida.
"O incêndio avançou pela margem do rio Côa, no sentido norte-sul, e está a dirigir-se para o concelho de Almeida, que alcançará se passar o rio", acrescentou Carlos Condesso.
Portugal continental tem sido afetado por múltiplos incêndios rurais de grande dimensão desde julho, sobretudo nas regiões Norte e Centro.
Os fogos provocaram três mortos, incluindo um bombeiro, e vários feridos, alguns com gravidade, e destruíram total ou parcialmente casas de primeira e segunda habitação, bem como explorações agrícolas e pecuárias e área florestal.
Portugal ativou o Mecanismo Europeu de Proteção Civil, ao abrigo do qual chegaram dois aviões Fire Boss para reforço do combate aos fogos.
Segundo dados oficiais provisórios, até 20 de agosto arderam mais de 222 mil hectares no país, ultrapassando a área ardida em todo o ano de 2024.
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