A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) alertou, na terça-feira, que há quem esteja a fazer-se “passar por inspetores desta autoridade”, levando a cabo burlas no concelho de Vizela, na região do Minho.
O organismo adiantou que os falsos inspetores notificam os visados “sobre uma hipotética contraordenação” e exigem “o pagamento imediato de uma coima, por transferência bancária ou referência multibanco, alegando uma subsequente medida de encerramento de estabelecimento”.
“Tratam-se de tentativas fraudulentas de obter proveitos e privilégios ilegítimos, por meio de usurpação de poderes e funções de uma autoridade, pelo que os operadores económicos não devem, em caso algum, seguir essa instrução”, lê-se, numa nota divulgada na rede social Facebook.
De acordo com o Digital de Vizela, a Tasca da Porta, em São Miguel das Caldas, foi alvo de tentativa de burla por este método, na semana passada.
O proprietário do estabelecimento, Deolindo Cunha, contou àquele meio que o falso inspetor ligou para o local durante a hora de almoço. Contudo, desligou a chamada, quando a esposa de Deolindo Cunha disse reconhecer a sua voz.
O burlão, que usa cartões de telemóveis descartáveis, ameaça encerrar os estabelecimentos por alegado incumprimento da lei, mas oferece aos proprietários a possibilidade de pagar uma coima de forma antecipada, mediante o envio de uma referência multibanco, segundo o Digital de Vizela.
A ASAE sublinhou, por isso, que “independentemente do teor da informação comunicada, as notificações para pagamento de contraordenações da ASAE são sempre efetuadas conforme os requisitos formais e legais, pelo que os operadores económicos nunca deverão proceder ao pagamento em direto de qualquer quantia”.
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