O presidente da Câmara Municipal de Vendas Novas, Valentino Salgado Cunha, foi detido, na madrugada de sábado, depois de ter sido apanhado a conduzir com 1,8 gramas de álcool por litro de sangue.
A informação foi avançada esta manhã de domingo pelo Correio da Manhã, que deu conta de que o homem de 33 anos foi detido no âmbito de uma operação de fiscalização de trânsito levada a cabo pela Guarda Nacional Republicana (GNR) de Vendas Novas.
O autarca, que seguia no seu veículo particular, acusou uma taxa-crime de 1,8 gramas de álcool por litro de sangue. Valentino Salgado Cunha confirmou ao jornal ter marcado presença nas festas da freguesia da Landeira, mas escusou-se a prestar mais declarações.
O responsável deverá ser presente a tribunal na segunda-feira.
O Notícias ao Minuto contactou o Comando Territorial de Évora, por forma a confirmar as informações, mas a GNR optou por não tecer comentários.
Saliente-se que uma taxa de álcool no sangue igual ou superior a 1,2 g/l já configura um crime, que pode ser punido com pena de prisão de até um ano ou com uma multa de até 120 dias.
Valentino Salgado Cunha, que era vice-presidente do município, assumiu a presidência no ano passado, depois de o anterior presidente, Luís Dias, ter renunciado ao cargo no dia seguinte às eleições legislativas de 10 de março de 2024, nas quais foi eleito deputado pelo Partido Socialista (PS).
Ainda assim, o autarca foi preterido pela concelhia do PS, que aprovou, em janeiro, a proposta para indigitar Paula Rocharte Valentim, presidente desta estrutura partidária e da Junta de Freguesia de Vendas Novas, como candidata à presidência do município, nas eleições de 12 de outubro.
Na altura, Valentino Salgado Cunha criticou o partido por não o ter escolhido, tendo argumentado que, aquela decisão, o PS mostrava que não confiava no trabalho que a atual equipa socialista está a desenvolver na autarquia.
"Coloco sempre o interesse de Vendas Novas acima de eventuais interesses partidários e pessoais e isso pode ter chocado, eventualmente, com aquilo que era a expectativa de alguns", disse, em declarações à agência Lusa.
O autarca assumiu ainda que foi desafiado a liderar um movimento independente, apesar de ter frisado que "o foco principal é cumprir o atual mandato até ao fim".
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