O bebé da jovem que, na madrugada de segunda-feira, deu entrada no Atendimento Médico Permanente do Hospital Terra Quente, em Mirandela, sem saber que estava grávida e “com fortes dores lombares”, morreu no Centro Materno Infantil do Norte, no Porto, ao final da tarde de terça-feira.
A informação foi avançada este sábado ao Jornal de Notícias (JN) por fonte hospitalar, que não deu mais detalhes sobre as causas da morte.
O Notícias ao Minuto contactou a unidade, por forma a confirmar a ocorrência, e aguarda retorno.
A mãe, de 33 anos, já recebeu alta hospitalar, de acordo com o JN.
Recorde-se que o caso remonta à madrugada de segunda-feira, quando a jovem deu entrada no Atendimento Médico Permanente do Hospital Terra Quente, em Mirandela, por sentir “fortes dores lombares”. A mulher, que não sabia estar grávida, “entrou inesperadamente em trabalho de parto” durante a realização de exames, segundo detalhou aquela unidade de saúde privada, na rede social Facebook.
“A equipa médica em serviço reagiu de forma célere e eficaz. A enfermeira Daniela Ribeiro acompanhou o parto do início ao fim, prestando apoio contínuo à jovem. Em simultâneo, o Dr. Rainier Ramos Pinto assegurou a estabilização da situação clínica enquanto coordenava os contactos com o INEM, ativando os meios de emergência necessários para dar resposta ao caso”, salientou o hospital, na mesma nota.
Ainda que o INEM tenha respondido rapidamente à situação, o bebé já tinha nascido no momento da chegada dos meios de socorro.
O bebé, que era prematuro, estava estável, assim como a mãe. Ambos foram transferidos para a unidade de neonatologia do Hospital de Vila Real. O recém-nascido foi, depois, levado para o Centro Materno Infantil do Norte, no Porto, onde acabou por morrer.
Recorde-se que, nas últimas semanas, duas grávidas perderam os bebés, na sequência do encerramento de urgências. Uma terceira mulher, que estava grávida de 26 semanas, foi levada pelos Bombeiros Voluntários da Nazaré até ao Hospital de Leiria, mas o bebé nasceu na ambulância e acabou por morrer.
Na quarta-feira, a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, reforçou "lamentar profundamente" o desfecho dos dois primeiros casos das grávidas (os conhecidos até à altura), que "dificilmente seria evitado", mas assinalou que “a medicina ainda não consegue resolver tudo”. Considerou, ainda assim, que “não podemos normalizar a ideia de que ter urgências fechadas é algo normal”.
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