Na sessão de apresentação da candidatura, numa escola básica da freguesia de Algueirão-Mem Martins, a antiga ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social prometeu também "criar e aumentar a rede de creches com mais seis mil novos lugares de vagas gratuitas".
No plano da mobilidade, que elegeu como "prioridade essencial", Ana Mendes Godinho afirmou que lutará "para garantir que a linha de Sintra passa a funcionar como uma linha de metro, com comboios regulares e previsíveis a cada 10 minutos".
"Em paralelo, assumimos a necessidade de garantir por autocarros BRT a ligação entre os concelhos de Sintra, Cascais, Oeiras e Odivelas, reconhecendo, claro, a centralidade de Sintra na área metropolitana. Mas, também a criação de carreiras de autocarros diretos entre Sintra e Lisboa, ligando diferentes zonas do concelho a vários pontos da área metropolitana", acrescentou.
A candidata à Câmara reafirmou o compromisso, que referiu já ter divulgado, de "acabar com as portagens na A16 [autoestrada 16] para residentes, trabalhadores e empresas do concelho", considerando que representa "um investimento fortíssimo, mas é uma medida justa" e que "ajuda a descongestionar o IC19 [Itinerário Complementar 19], que está sufocado todos os dias".
Nas presenças do secretário-geral do PS, José Luís Carneiro, e do co-porta-voz do Livre, Rui Tavares, Ana Mendes Godinho comprometeu-se com "um ambicioso programa para a habitação em Sintra que garanta uma família, uma casa, aproveitando e partindo do trabalho de estratégia local já no terreno".
"Acreditamos que conseguiremos, com este plano focado, colocar, até 2030, 10 mil casas no mercado a preços e rendas acessíveis. Com a Câmara a liderar, sem hesitações, e com o setor privado e cooperativo a colaborar, porque o tempo de emburrarmos e de desconfiarmos uns dos outros já passou", disse.
Se chefiar o executivo municipal, Ana Mendes Godinho pretende aprovar "um programa direcionado aos senhorios que queiram arrendar casas a custos acessíveis, assumindo a Câmara o risco e apoiando as obras necessárias para que as casas voltem a ter uso e vida".
Por outro lado, a antiga ministra assegurou que manterá "a aposta na saúde" do atual presidente da Câmara Municipal de Sintra, Basílio Horta, que cumpriu o limite de três mandatos pelo PS.
"Sabemos que não há cuidados de saúde sem profissionais, por isso vamos disponibilizar 200 casas de função para médicos e enfermeiros que venham trabalhar no novo hospital e nos centros de saúde do concelho", disse.
Ana Mendes Godinho elogiou o empenho do presidente da Câmara Municipal na obra do novo Hospital de Sintra, a inaugurar em breve, e sugeriu que o equipamento tenha o nome do autarca, possibilidade que Basílio Horta depois afastou, salientando que "o Governo é que escolhe o nome" e que esse foi um "trabalho conjunto".
A Câmara de Sintra, no distrito de Lisboa, é liderada pelo PS, que em 2021 obteve cinco mandatos, tendo a coligação do social-democrata Ricardo Baptista Leite conseguido quatro eleitos, o Chega elegeu Nuno Afonso, que passou a independente, e a CDU (PCP/PEV) elegeu Pedro Ventura.
Até ao momento, são também conhecidas as candidaturas Marco Almeida (PSD/IL), Maurício Rodrigues (CDS-PP), Rita Matias (Chega) e Pedro Ventura (CDU).
As eleições autárquicas estão marcadas para 12 de outubro.
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