EUA retiram camarão potencialmente radioativo. Era vendido em 13 estados

Uma inspeção detetou o isótopo Césio-137 em contentores à entrada de vários portos nos Estados Unidos, mas alguns lotes já tinham dado entrada numa das mais famosas cadeias de supermercados. Risco é "muito baixo", mas produto foi retirado.

Camarão

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Ana Teresa Banha
20/08/2025 23:59 ‧ há 4 horas por Ana Teresa Banha

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EUA

A Agência Federal para a Alimentação e Medicamentos (Food and Drug Administration, FDA na sigla em Inglês) detetou Césio-137, um isótopo radioativo, em contentores e numa amostra de camarão importada da Indonésia, mandando retirar o produto da venda em 13 estados dos EUA.

 

De acordo com as publicações internacionais, as regiões em que este produto se vende são o Alabama, Arkansas, Florida, Georgia, Kentucky, Louisiana, Missouri, Mississippi, Ohio, Oklahoma, Pennsylvania, Texas e Virgínia Ocidental.

O produto foi mandado retirar do Walmart, a cadeia que vende este produto, depois de as autoridades de saúde terem dito que podia haver uma potencial contaminação radioativa.

Segundo o que é explicado, a FDA pediu que a cadeia de supermercados retirasse três lotes do camarão em questão, da marca Great Value

Os produtos poderiam representar um "potencial problema de saúde" para pessoas expostas a baixos níveis de Césio-137 ao longo do tempo. "Se comprou recentemente camarão cru congelado no Walmart que corresponda a esta descrição, deite-o fora", alertou a FDS em comunicado.

De acordo com Donald Schaffne, especialista em segurança alimentar da Universidade de Rutgers ouvido pela Associated Press, o risco é "muito baixo", tendo sido as quantidades detetadas muito abaixo daquelas em que a intervenção da FDA é necessária.

A agência recebeu o alerta para a detenção deste isótopo durante uma inspeção feita nos portos de Los Angeles, Houston, Miami e Georgia. Os contentores em causa não chegaram a entrar em território norte-americano,  no entanto, a FDA ficou a par, depois desta inspeção, de que o Walmart já tinha lotes potencialmente afetados à venda.
 
O Césio-137 é um isótopo que é produto de reações nucleares, incluindo bombas nucleares, testes, operações a reatores ou acidentes. Encontra-se em várias partes do mundo, no meio ambiente, incluindo o solo, alimentos e ar.

O césio-137 é um subproduto de reações nucleares, incluindo bombas nucleares, testes, operações de reatores e acidentes. É amplamente distribuído pelo mundo, com traços encontrados no meio ambiente, incluindo solo, alimentos e ar.

É um produto também muito conhecido depois de, em 1987, uma cápsula contendo o produto ter sido levada para o exterior, assim como manuseado, em Goiânia, no estado brasileiro de Goiás. Tudo começou quando foi encontrado, e posteriormente desmontado, um aparelho de radioterapia abandonado. A desmontagem do aparelho levou àquele que ficou conhecido como o maior acidente radiativo do Brasil.

Mais de mil pessoas ficaram afetadas e quatro pessoas morreram depois de o produto se espalhar. Em 2023, o produto voltou a ser tema, depois de a Polícia Civil de Minas Gerais investigar o furto de duas fontes de Césio-137.

Segundo explicou o g1 na altura, o risco de contaminação ficou praticamente extinto em Goiânia depois da situação de 1987, sendo hoje em dia os níveis considerados normais.

Cerca de 6 mil toneladas de lixo radioativo foram recolhidas na altura, onde foi enterrado em duas enormes caixas de concreto. Os resíduos já terão perdido metade da radiação, no entanto o risco completo só deverá desaparecer nos próximos 200 anos. 

Leia Também: Ninho de vespas radioativo encontrado nos EUA perto de produção nuclear

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