Trump anuncia intenção de abolir voto por correspondência

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou hoje que tenciona acabar com o voto por correspondência e com as máquinas eletrónicas de voto, depois de acusações de alegada fraude nas eleições presidenciais de 2020.

Trump, Putin

© Getty Images

Lusa
18/08/2025 16:16 ‧ há 3 horas por Lusa

Mundo

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"Vou liderar um movimento para acabar com o voto por correspondência e, já agora, também com as máquinas eleitorais, imprecisas, muito caras e altamente controversas, que custam dez vezes mais do que o papel, preciso e sofisticado, que é mais rápido e não deixa nenhuma dúvida no final da noite [eleitoral] sobre quem ganhou e quem perdeu a eleição", escreveu o Presidente norte-americano numa publicação na sua plataforma Truth Social.

 

O republicano anunciou que pretende assinar uma ordem executiva para "ajudar a trazer honestidade às eleições intercalares", marcadas para novembro de 2026, sem dar detalhes sobre o conteúdo do documento.

Donald Trump nunca reconheceu a sua derrota nas eleições presidenciais de 2020 para o ex-presidente democrata Joe Biden e denunciou sem fundamento fraudes eleitorais em massa, especialmente no voto por correspondência - um método amplamente utilizado nos Estados Unidos.

Trump previu hoje que a sua vontade de abolir o voto por correspondência será contestada pelos democratas porque "fazem batota a níveis nunca antes vistos".

O Presidente norte-americano já havia assinado, no final de março, um decreto visando restringir o voto por correspondência e impor aos estados controlos mais rigorosos sobre as listas eleitorais.

Nos Estados Unidos, a organização das eleições está sob tutela dos estados, enquanto o Congresso estabelece um determinado quadro.

Contudo, Trump questiona essa ideia e defende que a autoridade do Estado federal prevalece sobre a dos estados.

"Recorde-se que os estados são simplesmente um agente do Estado federal na contagem e no cálculo dos votos. Eles devem fazer o que o Estado federal, representado pelo Presidente dos Estados Unidos, lhes diz para fazer, para o bem do nosso país", acrescentou.

Especialistas consideraram que o decreto de março representava um abuso por parte da administração Trump.

O professor de direito eleitoral Rick Hasen, da Universidade da Califórnia em Los Angeles, classificou-o como um "golpe de força do executivo" e associações anunciaram que iriam contestá-lo judicialmente.

Leia Também: Trump prevê "grande dia na Casa Branca" com visita de Zelensky

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