Putin discute devolução de crianças ucranianas levadas para a Rússia

O Presidente russo, Vladimir Putin, discutiu hoje com a defensora dos direitos infantis, Maria Lvova-Belova, a devolução das crianças ucranianas às suas famílias e também o regresso das crianças russas da Ucrânia, anunciou o Kremlin (presidência).

Vladimir Putin

© ALEXANDER KAZAKOV/POOL/AFP via Getty Images

Lusa
02/06/2025 14:30 ‧ há 2 dias por Lusa

Mundo

Ucrânia/Rússia

Putin e Lvova-Belova, contra os quais pesa uma ordem de prisão do Tribunal Penal Internacional (TPI) por deportação de crianças ucranianas, concordaram também com a criação de um novo órgão para ajudar as famílias.

 

Segundo Lvova-Belova, atualmente 25% das crianças estão "injustificadamente" em orfanatos.

"Ou seja, poderia ter sido prestada assistência para não separar [o menor], poderia ter sido trabalhado com a família", reconheceu a responsável, que afirmou que nos últimos meses foi possível promover o regresso de milhares de menores às suas famílias.

A reunião entre Putin e Lvova-Belova coincide com a segunda ronda de negociações diretas entre as delegações da Rússia e da Ucrânia em Istambul, na Turquia.

De acordo com fugas de informação à imprensa, o roteiro para a resolução do conflito que a Ucrânia apresentará à Rússia na cidade turca inclui um cessar-fogo incondicional por terra, mar e ar, e medidas de confiança como a troca de todos os prisioneiros de guerra e o regresso de todas as crianças transferidas para a Rússia.

Entretanto, a Rússia mantém as suas propostas em segredo, que serão conhecidas após o final da reunião à porta fechada.

Segundo a imprensa, Moscovo exige, em particular, que a NATO se comprometa por escrito a não se expandir para as fronteiras russas, ou seja, a renunciar a admitir no seu seio a Ucrânia, a Geórgia e a Moldova.

A Ucrânia acusa a Rússia de transferir para o seu território cerca de 20.000 crianças sem o consentimento das suas famílias ou tutores, enquanto Moscovo nega estas acusações e afirma ter protegido menores que se encontravam em situação vulnerável em zonas de combate.

Lvova-Belova assegurou anteriormente que as autoridades russas estavam dispostas a entregar as crianças deslocadas às suas famílias na Ucrânia, se estas fizessem o respetivo pedido.

Em abril de 2024, Moscovo anunciou um acordo com Kiev para a troca de 48 crianças, 29 das quais regressaram à Ucrânia e 19 à Rússia.

Leia Também: Já terminou a 2.ª ronda de negociações entre a Rússia e a Ucrânia

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