Veículos elétricos? Bruxelas "não aceita práticas de 'dumping'" da China

A vice-presidente executiva da Comissão Europeia Teresa Ribera disse hoje em Pequim que a União Europeia (UE) "não aceitará práticas de 'dumping'", referindo-se aos veículos elétricos chineses.

 Teresa Ribera

© Getty/Alex Zea

Lusa
14/07/2025 17:21 ‧ ontem por Lusa

Economia

União Europeia

Ribera, responsável no executivo comunitário pela pasta de Transição Limpa, Justa e Competitiva, encontra-se na capital chinesa para participar no Sexto Diálogo de Alto Nível sobre Ambiente e Clima entre China e UE.

 

Em conferência de imprensa, considerou ainda que "existe a crença de que recorrer a produtos baratos" pode ser "benéfico para novos caminhos de descarbonização no mercado europeu".

Ainda assim, sublinhou a importância de evitar que "o excesso de capacidade industrial afete outros locais", numa crítica às práticas industriais de Pequim repetidas pelo bloco nos últimos anos, noticia a Efe.

A vice-presidente destacou ainda a importância de salvaguardar a economia aberta da Europa, mas também transparência e previsibilidade do Estado de direito.

A dirigente espanhola considerou frutíferas as conversas que teve com as autoridades chinesas e que Pequim e Bruxelas concordaram que precisam de transformar as suas economias "em sintonia com as agendas ambientais".

Segundo a própria, houve "avanços substanciais" no diálogo sobre o meio ambiente junto de homólogos chineses em áreas como mercados de emissões de carbono, políticas hidrológicas, economia circular e proteção de fauna.

Segundo Ribera, tanto Pequim como Bruxelas consideram que o Acordo de Paris, de que Washington saiu no início do ano, é um quadro "adequado para lidar com as alterações climáticas".

A China, maior emissor de gases de efeito de estufa do mundo, estabeleceu como meta atingir a neutralidade carbónica em 2060 e reduzir as suas emissões de dióxido de carbono por unidade de PIB em pelo menos 60% até 2030, face aos níveis de 2005.

Apesar disso, organizações como a Greenpeace já pediram à China para que crie um calendário "claro para a eliminação gradual de carvão".

Não obstante o avanço de energias renováveis na China, como a solar e a eólica, que já representam um quarto da energia produzida do país, Pequim também tem sido alvo de críticas pela construção de novas centrais a carvão.

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