Preços no consumidor sobem 0,1% na China em junho após meses de quedas

O índice de preços no consumidor da China subiu 0,1% em junho, em termos homólogos, o primeiro aumento após quatro meses consecutivos de descidas, indicou hoje a agência estatística do país.

Inflation rate in China dropped by 0.1 percent year-over-year

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Lusa
09/07/2025 06:21 ‧ há 8 horas por Lusa

Economia

China

O dado surpreendeu os analistas, que previam nova contração dos preços, depois de uma queda de 0,1% em maio.

 

Segundo Dong Lijuan, estatístico do Gabinete Nacional de Estatística, as medidas adotadas pelo Governo para estimular a procura interna e incentivar o consumo "continuaram a surtir efeito" no mês de junho.

A segunda maior economia mundial continua sob pressão deflacionista, devido à combinação entre a fraca procura interna e o excesso de capacidade industrial, agravada pela guerra comercial com os Estados Unidos, que tem dificultado o escoamento de inventários acumulados pelas empresas.

A deflação (queda anual nos preços no consumidor) reflete debilidade no consumo doméstico e no investimento e é particularmente gravoso, já que uma queda no preço dos ativos, por norma contraídos com recurso a crédito, gera um desequilíbrio entre o valor dos empréstimos e as garantias bancárias.

As autoridades chinesas têm reiterado que o reforço da procura interna será uma das prioridades económicas centrais para 2025.

A mesma fonte divulgou ainda o índice de preços no produtor, que mede os preços à saída da fábrica, e que acentuou a queda de 3,3% em maio para 3,6% em junho, o valor mais baixo desde julho de 2023.

A descida foi maior do que as previsões do mercado, que apontavam para uma contração menor.

Dong Lijuan alertou que algumas indústrias orientadas para a exportação estão "sob pressão" em termos de preços e que "a incerteza no comércio global afetou as expectativas das empresas exportadoras".

Em maio, Pequim e Washington acordaram um pacto temporário de 90 dias, pelo qual a China reduziria as tarifas sobre produtos norte-americanos de 125% para 10%, enquanto os EUA diminuiriam as suas tarifas sobre bens chineses de 145% para 30%.

Leia Também: Pequim lança emissão de obrigações em Macau a valer 714 milhões de euros

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