"Este projeto tem demorado mais do que aquilo que eram as nossas expectativas iniciais. Continuamos a acreditar que há aqui um valor muito significativo", disse o presidente executivo do grupo, Salvador de Mello, na conferência de imprensa de apresentação de resultados de 2024, em Lisboa.
O grupo já investiu 35 milhões de euros com o projeto, segundo o responsável.
"A concretizar-se, é a oportunidade de trabalhar e de participar na reconfiguração de um setor muito relevante a nível europeu, mas ainda não estamos em condições de tomar decisões e, portanto, continuamos a trabalhar neste projeto", afirmou.
Salvador de Mello apontou que a aplicação da eletrólise ao lítio na futura unidade em Estarreja (Aveiro) permitirá "uma indústria mais limpa que a indústria tradicional neste setor" e uma engenharia mais eficiente.
Questionado sobre o que falta para avançar com o projeto, o presidente executivo explicou que estão em curso processos de licenciamento para uma fábrica de demonstração em Coimbra e acordos comerciais com clientes.
"Precisamos de passar por essas fases e haverá ainda uma última, que é o financiamento do projeto", acrescentou.
Salvador de Mello disse que o projeto da Lifthium não está dependente das minas de lítio nacionais e saudou o reconhecimento pela União Europeia (UE) como sendo estratégico.
"Não é uma atribuição direta de financiamento, mas, obviamente, o reconhecimento a nível europeu permite e dá força às candidaturas que temos vindo a fazer a fundos, tanto nacionais, como europeus, para financiar este projeto", afirmou.
Os lucros do Grupo José de Mello caíram 14% em 2024, para 81 milhões de euros.
Leia Também: Lucros do Grupo José de Mello recuam 14% em 2024 para 81 milhões