Os resultados da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average não mexeu (variação de 0,00%) e que o alargado S&P500 pouco mais variou, com um ganho de 0,04%. Por seu lado, o tecnológico Nasdaq avançou 0,28%.
"Os investidores voltaram a interessar-se pela situação do dia-a-dia mais do que pelas dinâmicas estruturais", resumiu Jack Ablin, da Cresset Capital, em declarações à AFP.
No início da sessão, a atenção dos investidores incidiu nos rendimentos no mercado obrigacionista, inquietos com o impacto no défice do projeto de orçamento apresentado por Donald Trump.
"Mas os investidores recuperaram o fôlego durante a sessão", comentou Victoria Fernandez, da Crossmark Global Investments, também à AFP.
Depois de ter roçado o seu máximo, datado de 2007, no início da sessão, o rendimento das obrigações da dívida federal a 30 anos baixou, para se estabelecer em 5,05% ao início da noite.
No prazo de 10 anos, fixou-se nos 4,54%, abaixo dos 4,60% da véspera e dos 4,62% que alcançou durante o dia.
A Câmara dos Representantes aprovou hoje o projeto de lei orçamental de Trump, que pretende, entre outros objetivos, prolongar os gigantescos créditos de impostos do seu primeiro mandato.
Vários analistas independentes têm apontado que estes créditos podem agravar o défice federal entre dois biliões (milhão de milhões) e quatro biliões de dólares durante a próxima década.
"Entretanto, este é um daqueles elementos sobre os quais ainda não se sabe o que vai acontecer", apontou Fernandez.
O texto foi validado pela Câmara dos Representantes, mas agora "o Senado vai ter de o discutir", acrescentou. Os eleitos republicanos já anunciaram a vontade de lhe introduzir alterações importantes.
A sessão parlamentar vai-se assim arrastar, sem certeza quanto à data em que este projeto de lei emblemático para Trump vai ser concluído.
Nos indicadores, foi divulgado que as inscrições semanais para pedidos de subsídio de desemprego baixaram ligeiramente (duas mil) em relação à semana anterior.
Na próxima semana, as atenções vão estar foiçadas nos resultados de grandes nomes da tecnologia, que vão divulgar os seus resultados trimestrais, caso da Nvidia, na quarta-feira.
"É provável que a situação em torno das taxas alfandegárias regresse ao primeiro plano", vaticinou Fernandez.
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