O mercado de transferências de verão encerra dentro de, sensivelmente, uma semana, mas ainda há 'bombas' por espoletar, sendo que uma das mais badaladas dos últimos dias está relacionada com a possibilidade de Rodrigo Mora abandonar o FC Porto para seguir viagem rumo à Arábia Saudita.
O país do Médio Oriente estará a ponderar seriamente a possibilidade de regressar ao Dragão, desta feita, para 'resgatar' o internacional português, depois de, no passado mês de janeiro, o Al-Ahli Jeddah lá ter deixado uma verba na ordem dos 50 milhões de euros pela totalidade dos direitos económicos de Wenderson Galeno.
O empresário do jogador de apenas 18 anos de idade, Jorge Mendes, já terá mesmo aberto uma via de diálogo com a formação do Médio Oriente, no sentido de orquestrar uma transferência que pode ascender aos 70 milhões de euros, valor que consta na cláusula de rescisão do contrato que une ambas as partes.
Será, efetivamente, a Arábia Saudita uma opção realista para o desenrolar da carreira daquela que é uma das maiores promessas do futebol luso? Ou este terá capacidade para resistir ao 'chamamento' de um dos mais milionários campeonatos do planeta? O Desporto ao Minuto analisa os prós e contras deste boato.
Por que pode acontecer?
As necessidades financeiras do FC Porto podem não ser as mesmas de quando André Villas-Boas sucedeu a Jorge Nuno Pinto da Costa na presidência, mas a verdade é que urge realizar, pelo menos, um encaixe significativo, após um verão marcado pelos quase 90 milhões de euros investidos nas aquisições de Victor Froholdt, Gabri Veiga, Alberto Costa, Borja Sainz, Nehuén Pérez, Jan Bednarek, Dominik Prpic, Luuk de Jong e João Costa.
Além disso, se é verdade que Rodrigo Mora era titular indiscutível nos planos do treinador argentino Martín Anselmi, também o é que perdeu espaço com a chegada do italiano Francesco Farioli, de tal maneira que, nas duas primeiras partidas oficiais da nova temporada de 2025/26, somou apenas 12 minutos (todos eles no triunfo conquistado sobre o Gil Vicente, por 0-2, após entrar para o lugar de Pepê), isto, a menos de um ano de distância do Campeonato do Mundo de 2026.
É, ainda, preciso não esquecer o poderio financeiro do futebol do Médio Oriente, que, só nos últimos cinco anos, atraiu alguns dos maiores craques do futebol mundial, como é o caso de Cristiano Ronaldo, Karim Benzema, N'Golo Kanté, Roberto Firmino ou Neymar (que, entretanto, saiu, rumo ao Santos), e que tem potencial para 'dar a volta a cabeça' a qualquer um.
Por que pode não acontecer?
Apesar do 'assédio' de que está a ser alvo, é preciso não esquecer que Rodrigo Mora renovou contrato com o FC Porto, no passado mês de maio, até junho de 2030, após uma 'maratona' de negociações, e não escondeu a alegria: "Esta renovação significa muito e estou muito contente. Acabei de fazer 18 anos e penso que foi a minha melhor prenda. É um orgulho enorme poder continuar neste clube".
O sentimento de carinho que o próprio internacional português vai reunindo junto da própria massa adepta azul e branca também é um fator a ter em conta, não faltando quem apele, publicamente, a que permaneça, como foi o caso de José Fernando Rio, antigo candidato à presidência do clube, que, em entrevista concedida ao Desporto ao Minuto, atirou: "Não sei quem vai sair, nem que vai entrar. Sei que o Rodrigo Mora há de ter o seu lugar no FC Porto".
No sábado, na conferência de imprensa de antevisão à receção ao Casa Pia, Francesco Farioli recusou ainda assim, alongar-se em palavras: "No mercado, temos de estar preparados para todos os cenários. Neste caso, quero que respeitem a minha decisão em não dizer detalhes. Não para jogadores que podem vir, nem para jogadores que talvez podem sair. Temos de respeitar os jogadores das outras equipas e da nossa equipa, especialmente, por causa do jogo de amanhã".
Todas as semanas, o Desporto ao Minuto apresenta-lhe uma nova edição da rubrica 'O rumor da semana', que pretende analisar, ao detalhe, as circunstâncias em torno dos mais badalados negócios do mercado de transferências.
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