O Barcelona anunciou, em forma de comunicado emitido através das plataformas oficiais ao início da tarde desta quinta-feira, que instaurou um processo disciplinar a Marc-André ter Stegen, na sequência da 'guerra' instalada entre ambas as partes.
"O Barcelona informa que, na sequência do processo disciplinar aberto ao jogador Marc-André ter Stegen, e enquanto não se resolver, definitivamente, este processo, o clube, em consonância com a direção desportiva e a equipa técnica, decidiu retirar-lhe, temporariamente, a capitania da equipa principal de futebol", pode ler-se.
"Durante este período, as funções de capitão principal serão assumidas pelo até agora segundo capitão, o jogador Ronald Araújo", completa a 'explosiva' nota partilhada pelos campeões espanhóis em título, que confirma a total separação entre ambas as partes.
O papel no centro da polémica
Aquilo que parecia ser uma 'história de amor' tornou-se, esta semana, num 'casamento à beira do divórcio'. Tudo porque Marc-André ter Stegen recusou assinar um papel no qual autorizava o Barcelona a comunicar detalhes da mais recente lesão que o travou à Comissão Médica de La Liga.
O internacional alemão corre sérios riscos de só vir a ser dado como clinicamente recuperado em 2026, pelo que a intenção da direção liderada por Joan Laporta passava por ativar a cláusula do regulamento do organismo que rege o futebol profissional espanhol que prevê que o ordenado de um jogador que fique impedido de jogar por mais de cinco meses seja 'eliminado' em 80% das contas do fair-play financeiro.
Desta maneira, o conjunto catalão ganharia margem de manobra para conseguir inscrever, de uma vez por todas, Joan García, guarda-redes que adquiriu ao Espanyol, no presente mercado de transferências de verão, a troco de uma verba na ordem dos 25 milhões de euros, mas que ainda não conseguiu inscrever, precisamente, por não conseguir fazer face aos pressupostos necessários.
Esta é, de resto, uma situação em tudo semelhante àquela por que passaram, na passada temporada, Dani Olmo (adquirido ao Leipzig, por cerca de 55 milhões de euros) e Pau Víctor (entretanto vendido ao Sporting de Braga, por 12 milhões de euros, mais três milhões de euros por objetivos).
Szczesny ao socorro... outra vez
Com Marc-André ter Stegen lesionado e Joan García burocraticamente 'barrado', vai ganhando cada vez mais força a possibilidade de Wojciech Szczesny vir a ocupar a baliza do Barcelona, pelo menos, no encontro da jornada inaugural da nova campanha de La Liga, perante o Mallorca, que está agendado para as 18h30 (hora de Portugal Continental) do próximo dia 16 de agosto.
O internacional polaco, recorde-se, interrompeu, a meio da passada época, a reforma, aos 35 anos de idade, para ingressar nos culés e fazer face à grave lesão então sofrida pelo alemão. Aquela que era para ser uma solução temporária virou permanente, com uma série de exibições convincentes que, no final de 2024/25, levaram a estrutura blaugrana a presenteá-lo com um novo contrato, válido até junho de 2027. Agora, volta a ser chamado na hora de maior 'aperto'.
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