João Gião, treinador do Sporting B, foi entrevistado no Canal 11, na noite de sexta-feira, e analisou o que foi a temporada da formação secundária dos verde e brancos, que garantiu a promoção à II Liga no final da última época.
"Chegar à II Liga é um patamar competitivo completamente diferente. Vai exigir de nós outro tipo de competências, vai expor os jogadores do ponto de vista mediático, todo o tipo de contexto que faz com que o processo seja acelerado. Em termos coletivos, é a maior conquista, permitir aos jogadores que tenham um estímulo mais elevado para que possamos acelerar o processo e aproximar ao patamar da equipa A, estão muito mais preparados os jogadores que façam o mesmo número de jogos na segunda liga do que na Liga 3", começou por dizer o técnico, que falou sobre a relação de proximidade com Rui Borges.
"Tive a sorte de entrar numa estrutura que, apesar das mudanças ao longo da época, acabou por estar bem oleada. O processo é muito simples, toda a gente está envolvida, nomeadamente Rui Borges. As decisões têm de ser sempre tomadas pela estrutura, e não por um só treinador. Sendo eu um treinador de uma equipa de formação, não pode estar completamente a meu cargo toda e qualquer escolha relativamente a determinado jogador", prosseguiu, antes de acrescentar.
"Não me lembro de uma semana em que Rui Borges não tenha visto, pelo menos, 10 ou 15 minutos de um treino nosso por semana. As decisões são partilhadas pela estrutura, pelos treinadores e pelas chefias da academia. Esta academia é particular, o facto de ser relativamente pequena torna o ambiente mais acolhedor. Falamos informalmente mais vezes, ajuda a facilitar o processo. Rui Borges é sempre posto ao corrente do dia a dia da equipa B, da forma como treinam, em que momento está, acaba por ser uma informação diária", referiu João Gião.
"Nunca estabeleci metas, queria atingir isto, ser treinador principal, mas sem pensar a idade em que chegaria lá. Estava feliz como adjunto. Saímos do Moreirense, dá-se a saída do João Pereira para a Turquia e endereçaram-me um convite, já tinha tido uma ou outra abordagem que não sentia ser o contexto certo. Esta sim, Bernardo Palmeiro e Flávio Costa, que já me conhecia e tem feito um percurso incrível no scouting, falaram comigo. Pareceu-me uma estrutura muito fiável, o contexto da equipa B pareceu-me o ideal. Não hesitei, o que mais me agrada é ter podido corresponder à estrutura e ao presidente que me convidaram. Fizeram uma aposta com algum risco, nunca tinha sido treinador principal. À partida não volto atrás, gostei. Gosto de liderar equipas técnicas. Sentir que estou a ajudar pessoas a atingir outros patamares também", finalizou.
Leia Também: Ruben Amorim esquece Gyokeres e mira outro 'peso pesado' do Sporting