O secretário de Estado do Desporto, Pedro Dias, garantiu hoje que as instituições desportivas "serão ouvidas" para "questões pertinentes" que "carecem de reflexão", depois de o Benfica ter anunciado que iria pedir uma audiência ao Governo.
"O Governo, como se sabe, está em gestão, muito brevemente vai estar um novo em funções e seguramente que as instituições que fazem parte do enquadramento desportivo do nosso país vão ser ouvidas para questões pertinentes", assinalou o governante, apontando essa como uma garantia assim que o novo Governo, recentemente eleito, tome posse.
Questionado sobre o pedido de audiência feito pelo Benfica ao Governo, Pedro Dias reforçou que essa, como outras situações que suscitem "reflexão", serão "enquadradas" em diálogo com as instituições.
"Sabemos que temos várias questões relacionadas com o desporto e com outras áreas da nossa sociedade que carecem de análise e de reflexão, e essas serão também enquadradas", assinalou o governante.
Instado a comentar a ameaça colocada pelo Benfica em eventualmente vir a impedir a realização de partidas da seleção portuguesa de futebol no Estádio da Luz, Pedro Dias pediu contenção e manteve a sua posição de que o momento atual é de "reflexão".
"Penso que neste momento há espaço - pelo menos essa é a minha opinião -- para que estejamos num momento de reflexão. Haverá espaço para discutir e poder abordar todas essas questões", declarou, de forma evasiva, procurando não se alongar sobre o tema até que este seja abordado de forma oficial.
Na segunda-feira, os 'encarnados' divulgaram um comunicado com sete pontos, que refletem medidas tomadas pelo clube depois da derrota no domingo na final da Taça de Portugal frente ao Sporting, por 3-1, após prolongamento.
Além das participações contra os jogadores do Sporting Matheus Reis e Maxi Araújo, "pelas múltiplas agressões ao jogador Andrea Belotti", o clube liderado por Rui Costa referiu ainda que ia participar disciplinarmente da equipa de arbitragem que esteve no Estádio Nacional, liderada por Luís Godinho, incluindo a equipa de videoárbitros.
O clube revelou ainda que pretendia solicitar uma audência ao Governo e efetuar uma exposição junto de FIFA, UEFA e International Board (IFAB), além de suspender a sua participação nos grupos de trabalho da Liga Centralização e de anunciar a indisponibilidade para receber jogos da seleção portuguesa no Estádio da Luz.
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