A final da Liga dos Campeões joga-se este sábado e há portugueses no palco maior do futebol europeu de clubes, num jogo entre Paris Saint-Germain e Internazionale, em plena Allianz Arena, em Munique. Com Vitinha, João Neves, Nuno Mendes e Gonçalo Ramos a representar a bandeira lusa, há quem diga que a dupla do meio-campo dos franceses poderá tornar-se numa dinastia durante vários anos.
Em conversa com o Desporto ao Minuto, o treinador Israel Dionísio admite que é um orgulho ver um jogador que lhe passou pelas mãos nos maiores palcos da Europa, mas acredita que o ex-FC Porto tem o que é preciso para 'voar mais alto'.
"Eu sinto-me sempre muito feliz, seja o Vitinha ou outro jogador com que eu tenha partilhado vários anos. Mas se pudermos analisar, talvez um Real Madrid pudesse ser mais favorável ao Vitinha, até porque eu acho que ele encaixa perfeitamente no meio-campo do Real, com a saída do Luka Modric. Ganhando a Liga dos Campeões, poderá ser a altura ideal para procurar outros desafios", começou por dizer o antigo treinador das camadas jovens dos azuis e brancos.
"Não sei se, no futebol inglês, ele poderia ter sucesso, até pela ideia de jogo. Se calhar, o Real Madrid seria mesmo o mais apropriado para ele. Mas sinto um orgulho enorme pelo jogador. Ainda há pouco tempo estive com o Vitinha e fico muito feliz por ele", continuou.
"Se recuarmos daqui até 2004, quando o FC Porto venceu a Liga dos Campeões, acabou-se por fazer o 'transfer' para o Euro'2004, e também podemos fazer a mesma analogia com Vitinha e João Neves, que estão a funcionar muito bem no PSG. Enquanto portugueses, só temos a lucrar com isso na seleção", completou Israel.
Quando questionado se já era expectável que o médio português chegasse ao patamar atual, o técnico foi perentório: "Sim, mas isso também depende da ideia de cada treinador, se vai ou não de encontro às características do jogador, mas era de prever. Se seria tão cedo ou não, isso tem a ver com o momento que está a passar no clube, onde teve uma margem de progressão enorme em muito pouco tempo e claro que isso se acaba por refletir também na seleção nacional", afirmou.
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