O Benfica e o FC Porto preparam-se para 'passear' a bandeira de Portugal pelos Estados Unidos da América, já a partir do próximo mês de junho, no Mundial de Clubes, na sequência de uma época algo pobre entre provas internas e competições europeias.
Os adversários, esses, já estão definidos há muito tempo. As águias sabem que, para ter sucesso na prova, precisarão de ultrapassar um grupo composto por Boca Juniors, Auckland City e Bayern Munique, enquanto os dragões defrontam Palmeiras, Inter Miami e Al-Ahly.
Os dois rivais portugueses repetem apenas um continente, o da América do Sul, uma vez que os encarnados medem forças comum mítico clube argentino e os azuis e brancos têm os vice-campeões brasileiros pela frente. De resto, os continentes de Europa, África, América do Norte e Oceânia ocupam o já conhecido (e distinto) leque de adversários de ambos.
Benfica tenta 'branquear' falhanços nas decisões
O Boca Juniors é um dos grandes clubes da Argentina e do mundo. Sem vencer o campeonato nacional desde 2022, a equipa de Buenos Aires nunca defrontou o emblema da Luz em contexto oficial, mas no que diz respeito a jogos particulares registaram-se quatro empates (todos com 1-1 no marcador) e ainda um triunfo sul-americano (0-1 em 1953). Após a eliminação nos 'quartos' do campeonato, o Boca - onde estão Edinson Cavani e Rodrigo Battaglia - prepara, agora, o regresso ao Mundial de Clubes, após ter perdido a final, frente ao AC Milan (2-4), em 2007.
Depois vem o Auckland City, que arrecadou as últimas quatro Ligas dos Campões da Oceânia. Após ter garantido a conquista do campeonato em 2024, o clube da Nova Zelândia realizou apenas cinco jogos no presente ano civil, pelo que chega ao Mundial com um ritmo que poderá ser comprometedor. Sem qualquer histórico de confrontos frente ao Benfica, vale a pena reforçar que esta será a 13.ª participação na prova de elite mundial, com um registo de três vitórias, dois empates e... 13 derrotas.
Renato Sanches sabe o que é jogar dos dois lados da 'barricada', entre Benfica e Bayern.© Getty Images
Por fim, o Bayern Munique é, entre os três oponentes da fase de grupos, o mais conhecido do Benfica e, talvez, o mais temível. Os campeões da Alemanha nunca permitiram um sorriso aos encarnados em contexto oficial (com dez vitórias e três empates), sendo que, recentemente, os bávaros contribuíram mesmo para a eliminação das águias na Liga dos Campeões, com um triunfo magro (1-0). Com João Palhinha e Raphael Guerreiro no plantel, o clube germânico regressa a uma prova onde conta com um registo 100% vitorioso, que culminou nas conquistas de 2013 e 2021.
FC Porto também procura 'limpar imagem'
O Palmeiras figura como um dos clubes que mais cresceu no futebol do Brasil, ao longo dos últimos anos, impulsionado pelo grande trabalho de Abel Ferreira. Apesar de ter falhado o tricampeonato, o emblema de São Paulo vai chegar ao Mundial de Clubes com ritmo competitivo, não só pelo decorrer da atual edição do Brasileirão (onde é líder), como pela participação na Libertadores. Sem histórico de confrontos com os dragões, o clube brasileiro volta a disputar uma prova que esteve perto de 'agarrar', em 2022, algo que o Chelsea impediu, na final (2-1).
Gabriel Veron foi o último jogador a ser negociado entre FC Porto e Palmeiras.© Getty Images
Segue-se o Inter Miami, praticamente, na condição de 'anfitrião', tratando-se de um clube que o FC Porto também nunca defrontou. Com a MLS a decorrer, o conjunto de Lionel Messi e companhia não está a ter vida fácil no continente norte-americano, já depois de ter caído às portas da Liga dos Campeões CONCACAF. Vale a pena relembrar que o clube liderado por David Beckham foi apenas fundado em 2018, pelo que (ainda) não tem uma única história para contar no Mundial de Clubes, competição à qual chegou por via de... um convite.
Para fechar a fase de grupos, surge o Al-Ahly, que irá chegar aos Estados Unidos da América com o estatuto de tricampeão do Egito. Também sem qualquer duelo frente aos dragões, o clube de Cairo - por onde passaram treinadores portugueses como Manuel José, Ricardo Soares e José Peseiro - tem sido um dos mais dominadores do futebol africano e, apesar de nunca ter conquistado o Mundial de Clubes, somou 10 participações, com um registo de dez vitórias, um empate e 14 derrotas, caindo sempre à portas da final.
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