"Esta convenção marca o início de uma nova etapa. Uma etapa em que deixamos as nossas disputas internas e viramos toda a nossa força para fora. Porque os nossos adversários não estão aqui, estão no regime instalado", afirmou Mariana Leitão, no seu primeiro discurso após ter sido anunciada como nova líder da IL.
A nova líder da IL frisou que os adversários dos liberais "estão na máquina que eterniza a estagnação, na cultura do conformismo, no autoritarismo tímido que infantiliza os cidadãos e em todos os que vivem da dependência alheia e temem a liberdade".
"Portugal não vai mudar com remendos. Não vai crescer com mais programas públicos, subsídios temporários ou promessas de boas intenções. O país só mudará quando tivermos a coragem de fazer o que é estrutural: reformar profundamente o Estado e libertar o mercado de trabalho", disse.
Na visão que apresentou ao país, Mariana Leitão disse que "tudo começa com a reforma do Estado", considerando que é necessário "um Estado mais pequeno, mais leve, mais ágil, que concentre os seus recursos nas funções essenciais e abandone a tentação de querer ser empresário".
"Sem essa reforma, nenhuma outra terá sucesso. E é por isso que a flexibilização do mercado de trabalho só fará sentido e terá impacto se o Estado deixar de ser o maior obstáculo à liberdade económica", sustentou.
Afirmando que as "leis laborais continuam rígidas e antiquadas", Mariana Leitão defendeu uma reforma para que o mercado laboral se torne "verdadeiramente livre" e permita "contratos mais flexíveis, ajustados à realidade de cada setor, de cada empresa e de cada pessoa".
"Com um Estado reformado e um mercado laboral livre, Portugal pode finalmente libertar o seu potencial", afirmou.
Depois, Mariana Leitão elencou várias bandeiras do partido na saúde, educação, habitação ou impostos, apelando a que Portugal invista em áreas como a inteligência artificial, a energia limpa ou a ciência.
"A IL quer um país ousado: capaz de liderar nas novas tecnologias, atrair talento, competir globalmente, com um sistema fiscal competitivo e regras claras, onde não se perde tempo a pedir autorização, mas sim a criar, a inovar, conquistar", frisou.
A nova líder disse que a IL não se resigna ao possível, nem aceita "que a coragem esteja ausente da política".
"Não vamos ceder ao medo, ao conformismo ou ao consenso podre. Portugal pode ser livre, pode ser grande, pode ser melhor. A nossa história está apenas a começar", disse, antes de voltar a deixar um novo apelo à união interna.
"Vamos, juntos, liderar este novo ciclo liberal: com ideias, com convicção e com liberdade. Este é o nosso tempo. A IL está viva, está preparada, está unida. E está pronta para liderar", concluiu, rodeada pelos novos membros da direção do partido.
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