O antigo presidente do partido disse hoje que "a Iniciativa Liberal" está numa encruzilhada "e os seus militantes têm que decidir se querem" ser um partido de "nicho, ideológico, ortodoxo, intelectual, mais focado na divulgação do ideal liberal junto do eleitorado" ou, se pelo contrário, querem ser um partido "mais focado na mudança concreta, que melhore a vida das pessoas, mantendo as convicções liberais".
Para João Cotrim de Figueiredo, "qualquer destas alternativas é uma escolha legítima e defensável".
Porém, alertou, num discurso na X Convenção da IL, que hoje decorre em Alcobaça, no distrito de Leiria, estas visões "não são compatíveis".
E portanto, "é preciso escolher, é preciso decidir", disse, para partilhar com os participantes do congresso a sua própria escolha.
"Escolho a segunda via, porque é a via que permite o crescimento do partido até níveis em que possa efetivamente influenciar as decisões", declarou.
Num dos discursos mais aplaudidos da X Convenção da IL Cotrim de Figueiredo falou das "encruzilhadas perigosas" dos tempos atuais, no mundo, na Europa, em Portugal e no único partido que já teve e que, disse, tenciona ter.
Vincando tratar-se de tempos de exigem decisões, o eurodeputado, defendeu que esteja na política sem estar disposto a tomar decisões, "é um mau político", incentivando a futura líder da IL, Mariana Leitão, a ter como prioridades dos seu mandato "a reforma do estado e o crescimento", duas áreas que "precisariam de alguém com coragem para decidir e decidir depressa".
Do fundador do partido Mariana Leitão, a única candidata à liderança do partido, recebeu a promessa do seu voto e apoio "para todas as batalhas que tornem a IL mais forte", entre as quais as próximas batalhas eleitorais.
Nas autárquicas, a IL "terá oportunidade de mostrar que a liberdade também se pode construir a partir da base, no território, nos bairros, nas freguesias, nas câmaras", com soluções "concretas, com proximidade, com competência, com a tal melhoria da vida das pessoas", concluiu Cotrim de Figueiredo, elogiando os candidatos autárquicos que "são a primeira linha do projeto liberal".
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