O presidente da Câmara Municipal do Sabugal, Vítor Proença, disse esta terça-feira que o município se tem sentido "muito desprotegido por parte das autoridades", que, segundo o autarca "não valorizaram da melhor forma" o incêndio no local.
"Não é admissível que só agora é que tenham acionado os meios depois de terem ardido quase vinte mil hectares. Isto não é admissível. Há qualquer coisa que não está bem", afirmou o autarca em entrevista à SIC Notícias.
Vítor Proença considerou ainda que a população foi "fundamental" na proteção do município das chamas.
"Se não fosse a população estaríamos numa situação trágica, muito trágica", acrescentou.
O autarca disse ainda que o incêndio "não se consegue parar em parte nenhuma" e que tanto os bombeiros como a população estão "esgotados".
"Estamos esgotados, não aguentamos mais isto. Temos incêndio há cinco dias, arderam 20 mil hectares. Isto é insustentável."
Incêndio no Sabugal causou um ferido grave e quatro ligeiros
Segundo o site da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), pelas 18h45, estão 476 operacionais no terreno, apoiados por 127 veículos e seis meios aéreos.
O incêndio já causou também, pelo menos, cinco feridos, um deles grave.
Em causa, estão operacionais da AFOCELCA, uma empresa de proteção florestal, que combatiam as chamas no Sabugal.
Segundo um comunicado da ANEPC enviado às redações, o incidente ocorreu por volta das 17h20 desta terça-feira. O operacional que ficou gravemente ferido "foi estabilizado no local pelas equipas de emergência" e acabou por ser levado "pelo helicóptero do INEM, para o Hospital de São João, no Porto."
Os outros quatro feridos ligeiros no incêndio que lavra no Sabugal "foram assistidos no local pelas equipas do INEM mobilizadas para o teatro de operações".
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