Salvador Malheiro assume secretaria de Estado das Pescas

O ministro da Agricultura escolheu o antigo autarca Salvador Malheiro para secretário das Pescas e do Mar, em substituição de Cláudia Monteiro de Aguiar, e manteve Rui Ladeira nas Florestas e João Moura com a Agricultura.

Salvador Malheiro Vice-presidente do PSD

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Lusa
05/06/2025 23:06 ‧ ontem por Lusa

País

XXV Governo

Salvador Malheiro, de 52 anos, tem uma licenciatura em Engenharia Mecânica, uma pós-graduação em Motores de Combustão Interna e um Doutoramento em Ciências para a Engenharia.

 

O também professor universitário, natural de Aveiro, vai ocupar o lugar de Cláudia Monteiro de Aguiar, que tinha a pasta das Pescas, acrescentando o 'dossier' do Mar.

Como secretário de Estado da Agricultura mantém-se João Moura, que tem um bacharel em produção animal, uma licenciatura em engenharia agropecuária e um MBA em gestão financeira paras as pequenas e médias empresas.

João Moura foi engenheiro técnico agrário no Baixo Mondego, vereador na Câmara Municipal de Ourém, deputado e professor. Foi também vice-presidente do grupo parlamentar do PSD.

Já como secretário de Estado das Florestas permanece Rui Ladeira, licenciado em Engenharia Agronómica, que foi presidente da Câmara Municipal de Vouzela.

Rui Ladeira foi professor, formador e empresário no ramo florestal durante uma década.

Entre os 'dossiers' do Ministério da Agricultura, liderado por José Manuel Fernandes, continuará a estar a crise no setor do vinho, um dos primeiros problemas apontados por José Manuel Fernandes, quando assumiu, pela primeira vez, o cargo.

Os baixos preços pagos à produção e as dificuldades de escoamento estão a pressionar os produtores nacionais, sobretudo da região do Douro, que exigem ao executivo novos apoios.

Ainda em 2024, Bruxelas avançou com algumas ajudas aos agricultores, com o ministério a avisar que se tratavam de "paliativos". Este ano foram avaliadas novas ajudas, onde se inclui a apanha em verde ou o arranque de vinhas, soluções que classificou como de "último recurso".

A defesa da Política Agrícola Comum (PAC) será outro tema, quando já se falou na possibilidade de reunir num só fundo os dois pilares de ajuda aos agricultores.

Para o Governo, é importante que se mantenham os dois pilares na próxima PAC (2028-2034) -- ajudas diretas aos agricultores e os auxílios ao desenvolvimento rural -- e com um financiamento que deve ser atualizado num mínimo de 2% ao ano, face ao último orçamento.

Quanto às negociações das tarifas com os Estados Unidos, o Ministério da Agricultura tem vindo a recomendar calma e união ao bloco europeu, referindo que a divisão será "preocupante para todos os países".

A ameaça da febre catarral ovina, conhecida como língua azul também continua a pairar, sobretudo com o aumento das temperaturas, mas os agricultores mantêm-se confiantes no controlo da doença através da vacinação.

Por sua vez, a gripe das aves tem vindo a afetar Portugal e o resto do mundo, levando, por exemplo, nos EUA o preço dos ovos a máximos.

Portugal não ficou imune e, entre janeiro de 2022 e março de 2025, o preço da meia dúzia de ovos subiu quase 80%, passando de 1,14 para 2,05 euros, segundo dados da Deco.

Em 09 de março, o Governo apresentou a estratégia "Água que une", que contém perto de 300 medidas que visam a gestão eficiente dos recursos hídricos. A estratégia, que é assente nos eixos eficiência, resiliência e inteligência, tem um prazo de 15 anos e prevê acrescentar mais de 1.000 milhões de metros cúbicos (m3) de água para todos os usos no território nacional.

A estratégia "Água que une" contempla programas para a redução de perdas de água, para a reutilização de água tratada, para a inovação e digitalização do ciclo da água, para a reabilitação e restauro de rios e ribeiras, para o reforço do armazenamento, para a eficiência dos empreendimentos hidroagrícolas, para gerir o abastecimento ao polo industrial de Sines e para a resiliência hídrica do Alentejo.

O setor exige a execução desta estratégia, com a Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) a afirmar que o "tempo das intenções expirou".

Leia Também: Ex-autarca de Arcos de Valdevez é o novo secretário de Estado do Ambiente

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