O presidente dos Estados Unidos disse esta segunda-feira que a carta da primeira-dama norte-americana sobre as crianças prejudicadas pela guerra foi "muito bem recebida" pelo presidente russo.
Em conferência de impresa, na qual o presidente da Ucrânia estava também presente, Donald Trump explicou que a mulher, Melania, sentiu a necessidade de enviar a carta a Putin porque "odeia ver algo assim a acontecer", especialmente a crianças.
"E isto é válido para outras guerras também", acrescentou Trump. "Ela vê os corações partidos, os pais, os funerais que estão constantemente a passar nas televisões. Queremos ver algo para além de funerais", explicou.
Donald Trump afirmou ainda que a esposa lhe pediu diretamente para dizer que a primeira-dama "adorava ver isto acabar" e que o diz "abertamente, com orgulho, mas com tristeza, porque já tantas pessoas morreram".
A “carta de paz” de Melania Trump foi entregue em mãos a Putin na sexta-feira, quando o presidente russo se reuniu com Trump no Alasca, para discutir a paz na Ucrânia.
"Querido presidente Putin, cada criança partilha o mesmo sonho tranquilo nos seus corações, tenha nascido no campo rústico de uma nação ou num centro de cidade magnífico. Eles sonham com amor, possibilidade e segurança", escreveu Melania Trump na carta.
A primeira-dama sublinhou que "enquanto pais" têm o "dever de cultivar a esperança da próxima geração". Já "como líderes, a responsabilidade de sustentar as nossas crianças estende-se além do conforto de alguns".
Melania salientou que é necessário um esforço para que haja "dignidade para todos", "para que cada alma possa tomar a paz" e "para que o próprio futuro seja guardado".
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— The Spectator Index (@spectatorindex) August 16, 2025
No final do mês passado, os serviços de inteligência militares da Ucrânia dizem ter encontrado novas provas sobre o rapto e deportação de crianças ucranianas dos territórios ocupados por Moscovo.
Os documentos a que a inteligência ucraniana teve acesso terão confirmado o "deslocamento forçado" de crianças das regiões de Kherson, Zaporizhia, Donetsk e Luhansk, que atualmente se encontram ocupadas pela Rússia.
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