Comissão israelita recomenda afastamento da procuradora-geral

Uma comissão do Governo israelita aprovou hoje o afastamento da procuradora-geral, Gali Baharav-Miara, rival de Benjamin Netanyahu, num processo contestado pelo presidente do país, Isaac Herzog, e que aguarda agora uma decisão do Supremo Tribunal.

Procuradora-geral de Israel, Gali Baharav-Miara

© GIL COHEN-MAGEN/POOL/AFP via Getty Images

Lusa
20/07/2025 15:03 ‧ há 4 horas por Lusa

Mundo

Médio Oriente

A comissão é composta por alguns dos elementos mais extremistas do executivo israelita, entre os quais o ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, e o ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben Gvir, que há meses classificam a procuradora como inimiga do Governo por se ter oposto a algumas das suas principais decisões.

 

A decisão, por unanimidade, será agora analisada pelo Conselho de Ministros israelita, que poderá agendar uma votação final sobre a questão, embora o Supremo Tribunal tenha já avisado que a deliberação não terá qualquer efeito enquanto não for avaliada a legalidade do procedimento, segundo noticiou o The Times of Israel.

Membros do Governo, como o ministro das Comunicações, Shlomo Karhi, reagiram com satisfação à decisão de afastar a procuradora. "A questão está encerrada e vai concretizar-se. Na próxima semana, se Deus quiser, vamos fechar a porta a este departamento tão delirante e politizado, e mandá-la para casa com dignidade", escreveu numa mensagem publicada na sua conta da rede social X.

A procuradora conta, no entanto, com o apoio incondicional do presidente do país, Isaac Herzog, que esta semana classificou o processo da sua demissão como "um caos absoluto e uma montanha-russa sem travões".

"Todos atacam todos. Todos culpam todos. Todos se atacam mutuamente", afirmou num vídeo publicado esta segunda-feira, no qual descreveu "uma situação incrivelmente perigosa para o país".

"Gali Baharav-Miara tomou decisões muito corajosas em tempos de guerra, deu total apoio ao governo, ao gabinete, ao exército e aos serviços de segurança, com coragem e integridade", declarou ainda, antes de sublinhar o seu papel num sistema israelita "tão delicado, numa democracia onde cada passo deve ser ponderado mil vezes antes de ser dado", afirmou.

Leia Também: Hamas acusa Netanyahu de rejeitar acordo que permite libertar os reféns

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