No início de julho, a cidade de Taybeh (a única cidade inteiramente cristã que resta na Cisjordânia ocupada) foi alvo de um incêndio criminoso nas ruínas da Igreja de São Jorge, que data da era bizantina (século V).
Os habitantes locais acusam os colonos israelitas de serem os responsáveis pelo ataque, num momento de forte aumento da violência na Cisjordânia.
O embaixador Mike Huckabee, cristão evangélico e fervoroso defensor de Israel, visitou hoje a aldeia e explicou que a sua visita tem como objetivo "expressar solidariedade para com as pessoas que simplesmente querem viver em paz, ter acesso às suas terras e locais de culto".
"Não importa se é uma mesquita, uma igreja ou uma sinagoga (...). É inaceitável profanar um local de culto", disse aos jornalistas.
Huckabee disse ainda que insistirá para que autores da violência em sejam encontrados e julgados.
"Aqueles que destroem o que pertence não só aos outros, mas também a Deus, devem pagar o preço", afirmou.
A violência na Cisjordânia, território palestiniano ocupado por Israel desde 1967, intensificou-se desde o ataque do movimento islamista Hamas em Israel, em 07 de outubro de 2023, que desencadeou a guerra em Gaza.
Desde então, pelo menos 957 palestinianos, incluindo muitos combatentes mas também muitos civis, foram mortos na Cisjordânia por soldados ou colonos israelitas. A contagem é da France Presse com base em dados da Autoridade Palestiniana.
Ao mesmo tempo, pelo menos 36 israelitas, entre civis e soldados, foram mortos em ataques palestinianos ou durante operações militares israelitas, segundo dados oficiais israelitas.
Figura da direita cristã conservadora e próxima dos círculos israelitas pró-colonatos, o embaixador norte-americano já tinha pedido na terça-feira uma investigação rigorosa e sanções depois de um jovem palestiniano-americano ter sido espancado até à morte por colonos na Cisjordânia.
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