Libertado ex-deputado lusovenezuelano Williams Dávila

Detido há mais de 11 meses e hospitalizado num centro médico em Caracas, o ex-governador de Mérida, na Venezuela, o opositor Williams Dávila Barrios, foi hoje libertado, anunciou o filho na rede social X.

Williams Dávila

© NucleoNoticias/ X (antigo Twitter)

Lusa
19/07/2025 15:10 ‧ há 6 horas por Lusa

Mundo

Williams Dávila

"Confirmo que o meu pai, Williams Dávila Barrios, foi libertado. É com grande emoção que aguardamos a oportunidade de nos reunirmos como família e de começarmos a recuperar o tempo perdido juntos", anunciou William Davila Valeri.

 

Na mesma rede social, o lusodescendente diz "agradecer de coração a solidariedade de tantos".

"Pouco a pouco, espero poder agradecer, um a um, àqueles que estiveram sempre atentos e dispostos a ajudar em todos os momentos. Agora vamos passar algum tempo em família", sublinha.

A libertação do luso-venezuelano ocorre depois de na sexta-feira a Venezuela anunciar que tinha chegado a um acordo com Washington para a libertação de 252 venezuelanos que tinham sido deportados dos EUA e que permaneciam detidos num cárcere de alta segurança em El Salvador, a troco de norte-americanos detidos no país.

Também na sexta-feira o chefe da diplomacia dos Estados Unidos, Marco Rubio, anunciou que 10 cidadãos norte-americanos que estavam detidos na Venezuela foram libertados após um acordo entre os dois países e El Salvador.

"Graças à liderança do Presidente [Donald Trump], 10 americanos que estavam detidos na Venezuela estão a caminho da liberdade", afirmou o secretário de Estado norte-americano na rede social X.  

"Até hoje, foram detidos injustamente na Venezuela mais americanos do que em qualquer outro país do mundo. É inaceitável que representantes do regime venezuelano tenham prendido e encarcerado cidadãos americanos em circunstâncias altamente questionáveis e sem o devido processo legal. Todos os americanos detidos injustamente na Venezuela estão agora livres e de volta à nossa pátria", adiantou.

Rubio adiantou que o acordo, além da libertação de todos os detidos norte-americanos, prevê a libertação de presos políticos venezuelanos, agradecendo a sua concretização à sua equipa e "especialmente" ao Presidente de El Salvador, Nayib Bukele.

Segundo a imprensa venezuelana 80 cidadãos tidos como presos políticos na Venezuela poderão beneficiar-se do acordo e sair em liberdade em breve.

Antigo governador de Mérida, Williams Dávila, 73 anos, foi detido em 08 de agosto na Plaza los Palos Grandes (leste de Caracas) por homens armados, após uma vigília pelos presos políticos, em que participaram centenas de pessoas.

 Em 14 de agosto, os familiares denunciaram que tinha sido hospitalizado em estado grave.

Quatro dias depois, em 18 de agosto, pediram ao Governo da Venezuela para não o transferir de um hospital local para uma cadeia, advertindo que estariam a condená-lo à morte.

Em 17 de outubro, o filho anunciou através das redes sociais que o seu estado de saúde do país "continuava a ser delicado" e que "um confinamento prolongado" na prisão dos serviços de informação venezuelanos, Helicoide, "pode agravá-lo".

Em 09 de agosto, o Governo português exigiu às autoridades venezuelanas "a libertação imediata e incondicional de Williams Dávila Barrios", com nacionalidade portuguesa.

Numa declaração na rede social X, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, afirmou que "Portugal insiste na libertação dos opositores políticos detidos, na garantia da liberdade de manifestação política e na transparência democrática, em contacto estreito com os Estados da região e com os parceiros da UE".

Leia Também: Venezuelanos detidos em El Salvador regressam a Caracas. As imagens

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