Pequim pede a Paris reforço da "confiança" e respeito dos "interesses"

A China e a França devem "reforçar a confiança estratégica mútua" e "respeitar os interesses fundamentais" de cada um, afirmou o ministro chinês dos Negócios Estrangeiros, Wang Yi, numa recente conversa telefónica com o homólogo francês, Jean-Noel Barrot.

Wang Yi

© Kevin Frayer/Getty Images

Lusa
07/06/2025 07:17 ‧ há 9 horas por Lusa

Mundo

China

Durante o telefonema, que teve lugar na sexta-feira e cujos pormenores foram publicados hoje pela agência noticiosa Xinhua, Wang sublinhou a necessidade de "reforçar os intercâmbios interpessoais, culturais e educativos" entre os dois países, a fim de "promover o desenvolvimento saudável" das relações entre a China e a França, bem como entre Pequim e a União Europeia (UE).

 

O chefe da diplomacia chinesa manifestou a esperança de que Paris "se oponha à interferência da NATO" nos assuntos da Ásia-Pacífico e sublinhou que a China e a França "devem defender conjuntamente o multilateralismo e salvaguardar o comércio livre, bem como opor-se a práticas unilaterais de intimidação", em referência à guerra comercial desencadeada pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Barrot, por sua vez, disse que as relações entre a França e a China "são cada vez mais importantes", perante da "crescente incerteza" global, e observou que seu país considera o gigante asiático como um "amigo e parceiro", segundo as declarações citadas pela Xinhua.

A promoção de intercâmbios interpessoais e culturais entre as duas partes "enviará um forte sinal de abertura, que é de grande relevância hoje em dia", afirmou Barrot, sublinhando que a França "se opõe às guerras comerciais e tarifárias" e está disposta a resolver "adequadamente" os atritos económicos e comerciais.

O telefonema foi feito duas semanas depois de uma conversa telefónica entre o Presidente chinês, Xi Jinping, e o seu homólogo francês Emmanuel Macron, que insistiu na necessidade de "condições equitativas" de acesso aos mercados dos dois países para as empresas de ambos os países.

A igualdade de acesso ao mercado chinês é uma exigência de longa data da União Europeia, que se queixa regularmente de que as empresas do gigante asiático dispõem de mais instalações em solo europeu do que as europeias em território chinês.

Além disso, Paris e Pequim estão em desacordo desde o ano passado por causa das ameaças de retaliação chinesa contra produtos franceses, essencialmente conhaque, assim como pelo papel da França na imposição de tarifas europeias sobre as importações de carros elétricos chineses, que, segundo a UE, beneficiam de ajudas estatais chinesas.

Leia Também: EUA e China reúnem-se na 2.ª feira para (nova) ronda de negociações

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