Segundo o Presidente eleito, o ultraconservador Karol Nawrocki, Tusk é "o pior primeiro-ministro que a Polónia teve desde 1989" e prometeu responder de maneira firme e decisiva a qualquer potencial provocação.
O Presidente na Polónia tem o poder de vetar leis, o que pode complicar a aprovação de projetos importantes do Governo do primeiro-ministro.
Donald Tusk estava confiante de que o seu companheiro de partido Rafal Trzaskowski, que era presidente da Câmara de Varsóvia, venceria a segunda volta das eleições presidenciais no passado domingo, após ter sido também forçado a coabitar com o Presidente cessante, o nacionalista Andrzej Duda, durante o último ano e meio.
O primeiro-ministro reagiu à derrota eleitoral do seu partido (Plataforma Cívica-PO/pró-europeu) convocando um voto de confiança no Parlamento para 11 de junho, com o objetivo de demonstrar o apoio da sua coligação frente ao partido Lei e Justiça (PiS/nacionalista), que apoiou Nawrocki nas eleições.
No entanto, na sua primeira entrevista televisiva desde a votação, o novo Presidente ofereceu-se para colaborar com o Governo em questões que considera importantes para o bem-estar dos cidadãos.
De acordo com os resultados oficiais publicados na segunda-feira, Karol Nawrocki obteve 50,89% dos votos contra 49,11% do pró-europeu Rafal Trzaskowski -- e aliado político de Tusk - na segunda volta das eleições presidenciais de domingo, cujos resultados confirmaram a profunda polarização neste país membro da NATO e da União Europeia.
A vitória do candidato ultraconservador contraria a corrente do compromisso pró-europeu e do apoio à Ucrânia impulsionados pelo atual Governo, liderado pelo antigo presidente do Conselho Europeu.
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