Segundo confirmaram a polícia e um chefe local à imprensa nigeriana, os factos ocorreram por volta das 12h45 (hora local, 13h45 em Lisboa) da última segunda-feira, perto da vila de Yardoka, na localidade de Kubau, onde as vítimas estudavam em uma escola islâmica.
"Onze crianças morreram e outras seis foram levadas às urgências do hospital com ferimentos", declarou à imprensa nigeriana um chefe local, que preferiu manter o anonimato.
A mesma fonte disse que nove das vítimas mortais não eram de Yardoka, mas sim alunos que tinham vindo para estudar com o professor, numa zona que é habitualmente utilizada pelos vizinhos para extrair areia, quando constroem ou renovam casas.
O porta-voz da Polícia de Kaduna, Mansir Hassan, também confirmou os factos e salientou que os seus agentes foram destacados para a zona e estão a realizar uma investigação para esclarecer os factos e verificar se se trata de um caso de trabalho infantil.
Na região norte da Nigéria, de maioria muçulmana, é comum que crianças de famílias humildes sejam enviadas a escolas islâmicas para estudar o Alcorão, onde, ocasionalmente, foram denunciados abusos e maus-tratos, como, por exemplo, serem obrigadas a mendigar.
O acidente na pedreira de areia ocorreu depois de, em fevereiro passado, pelo menos 17 estudantes terem morrido num incêndio que deflagrou noutra escola islâmica no noroeste do país, no estado de Zamfara.
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