O secretário de Estado Marco Rubio afirmou, em comunicado, que estes quatro funcionários e as suas famílias estão impedidos de entrar em território norte-americano.
"Juízes e procuradores, agentes do regime (de Havana) e não de um sistema judicial independente, desempenham um papel crucial nestas detenções e processos arbitrários. São responsáveis por processos judiciais fictícios que perseguem, condenam e sentenciam injustamente indivíduos pela sua expressão pacífica e pelo seu ativismo", afirma o texto assinado por Rubio.
De acordo com o comunicado, as sanções aplicam-se à procuradora Yanaisa Matos Legrá e aos juízes Gladys María Padrón Canals, María Elena Fornari Conde e Juan Sosa Orama, que "trabalham no Tribunal Provincial Popular de Havana, onde supervisionaram o processo, a condenação e a sentença de Robles Elizástigui".
Robles Elizástigui foi libertado da prisão em janeiro passado durante a libertação em massa de prisioneiros como parte de um acordo com a administração do ex-Presidente dos EUA Joe Biden.
Desde a sua detenção em dezembro de 2020, foi considerado um prisioneiro de consciência pela Amnistia Internacional.
Rubio salienta que os sancionados também são responsáveis pela "nova detenção de presos políticos que estão a ser devolvidos à prisão por razões frívolas, como José Daniel Ferrer e Félix Navarro".
A administração do Presidente Donald Trump continuará a "usar todas as ferramentas disponíveis para defender os direitos humanos do povo cubano, e encorajamos os nossos aliados e parceiros a fazer o mesmo", concluiu o secretário no comunicado.
Marco Rubio, o primeiro chefe da diplomacia norte-americana de origem hispânica, nasceu nos EUA de pais cubanos e tem laços estreitos com a comunidade de exilados da ilha no estado da Florida.
O antigo senador tem sido um dos mais fervorosos críticos do Governo cubano.
Atualmente, Havana e Washington endureceram a sua retórica e o seu fosso bilateral, após uma reaproximação promovida pelos antigos presidentes Barack Obama e Raúl Castro.
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