Acabar com a guerra? Kremlin diz que é "necessário" 'chamar' Trump

A Rússia reconheceu hoje que uma cimeira entre os presidentes russo, Vladimir Putin, e norte-americano, Donald Trump, será necessária e importante para acabar com a guerra na Ucrânia.

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© Francis Chung/Politico/Bloomberg via Getty Images

Lusa
16/05/2025 12:07 ‧ há 10 horas por Lusa

Mundo

Guerra na Ucrânia

"Essa reunião é certamente necessária", disse o porta-voz do Kremlin (presidência), Dmitri Peskov, durante a conferência de imprensa telefónica diária.

 

Peskov afirmou que "os contactos entre os presidentes Putin e Trump são extremamente importantes no contexto da resolução da crise ucraniana".

"É difícil sobrestimar o seu significado", referiu, citado pelas agências de notícias espanhola EFE e francesa AFP.

Putin, que propôs a Kiev retomar as negociações diretas, paralisadas desde 2022, rejeitou o convite do homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, para se encontrarem pessoalmente em Istambul, uma opção também apoiada por Trump.

Os dois lados estão muito distantes nas condições para acabar com a guerra e Trump disse na quinta-feira, durante uma viagem ao Médio Oriente, que uma reunião entre ele e Putin era crucial para quebrar o impasse.

Já hoje, o Presidente dos Estados Unidos afirmou que a reunião com Putin ocorrerá assim que for possível marcá-la.

"Acho que está na altura de o fazermos", disse Trump aos jornalistas em Abu Dhabi, citado pela agência norte-americana Associated Press (AP).

Peskov disse que uma cimeira Putin-Trump é importante "do ponto de vista das relações bilaterais russo-americanas como do ponto de vista da discussão séria sobre assuntos internacionais e problemas regionais".

"Incluindo, obviamente, a crise em torno da Ucrânia", afirmou, segundo a agência de notícias russa TASS.

Peskov insistiu que uma tal cimeira tem de ser bem preparada para poder ser produtiva.

"Uma cimeira é sempre precedida de negociações com especialistas, consultas e uma longa e intensa preparação, especialmente se estivermos a falar de uma cimeira entre o Presidente da Federação Russa e os Estados Unidos da América", acrescentou.

Ainda segundo a TASS, Peskov disse esperar que as negociações comecem nas próximas horas em Istambul e que os negociadores russos estão constantemente em contacto com Vladimir Putin.

O chefe da delegação russa é o conselheiro cultural de Putin, Vladimir Medinsky, que defende uma revisão ultranacionalista da história russa, o que desiludiu não só a Ucrânia mas também os governos ocidentais.

O secretário-geral da NATO, Mark Rutte, afirmou hoje que Putin errou ao enviar uma delegação de segunda linha, sem qualquer ministro, às negociações em Istambul.

A agência russa Interfax noticiou que Medinsky se reuniu hoje com Michael Anton, um alto funcionário do Departamento de Estado norte-americano em Istambul, antes das negociações diretas com a delegação ucraniana.

Anton é diretor de Planeamento de Políticas no Departamento de Estado, segundo a EFE.

Leia Também: Presidência ucraniana diz que pretende um cessar-fogo incondicional

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