O Paris Saint-Germain, o imponente presente, vai enfrentar na quarta-feira o Real Madrid, o titulado passado, nas meias-finais do renovado Mundial de clubes de futebol, nos Estados Unidos, um dia depois de o 'intruso' Fluminense desafiar o Chelsea.
Numa segunda final antecipada, depois do grandioso embate com o Bayern Munique, nos 'quartos', os franceses, liderados pelo espanhol Luis Enrique, vão tentar demonstrar, mais uma vez, que são a melhor equipa da atualidade.
Os gauleses foram os grandes dominadores da época europeia 2024/25, com a conquista da sua primeira 'Champions', culminada com um 5-0 ao Inter Milão, além do pleno francês (Ligue 1, Taça e Supertaça), e agora querem alargar o domínio ao Mundo.
O trajeto não é perfeito, pois inclui, a meio da fase de grupos, um desaire por 1-0 com o Botafogo, ainda que com um 'onze' alternativo, mas o PSG mostrou nos jogos mais complicados, com Atlético de Madrid (4-0) e Bayern (2-0), a sua força.
Na equipa parisiense, Nuno Mendes, João Neves e Vitinha são figuras incontestáveis no 'onze', enquanto Gonçalo Ramos é um suplente de 'luxo'.
E o PSG é hoje uma equipa fortíssima precisamente um ano depois de ter perdido aquela que era sua grande estrela, o avançado Kylian Mbappé, que rumou precisamente ao Real Madrid e vai agora reencontrar os seus ex-companheiros de equipa.
Mbappé não dececionou estatisticamente, já que chega a este jogo com 44 golos em 2024/25, considerando que este Mundial ainda não é de 2025/26, mas o problema é que o Real Madrid, que em 2023/24 tinha vencido Champions e La Liga, ganhou 'bola'.
Este já é, porém, um novo Real Madrid, com o treinador Xabi Alonso, em vez do italiano Carlo Ancelotti, bem como Huijsen (baixa para as 'meias', por castigo), Alexander-Arnold ou o 'miúdo' Gonzalo García, que já leva quatro golos na prova, depois de uma época em que quase só alinhou na equipa secundária.
Com quatro vitórias, ainda que nenhuma 'conclusiva', após um 1-1 com o Al-Hilal a abrir, o Real até tem melhor registo do que o PSG, e pergaminhos na prova, em anteriores formatos, com cinco títulos no Mundial (2014, 2016, 2017, 2018 e 2022) e três na antecessora Taça Intercontinental (1960, 1998 e 2002).
Ainda assim, e para um jogo em que tem como baixas o titular Pacho e o suplente Lucas Hernández, o PSG é o favorito para a segunda meia-final, depois de uma primeira, na terça-feira, que vai determinar se a final será 100% europeia, com o Chelsea, ou se terá o finalista vencido da anterior edição, o Fluminense.
Os brasileiros, que em 2023 foram goleados por 4-0 pelo Manchester City, num formato com apenas sete clubes, são a única equipa fora da Europa nas 'meias', e depois de já terem eliminado o Inter Milão (2-0, nos 'oitavos') e o 'carrasco' dos 'citizens', o Ah-Hilal (2-1, nos 'quartos').
O 'Flu', do consagrado Renato Gaúcho, ainda não perdeu (três vitórias e dois empates) e vai tentar nova surpresa, agora face ao Chelsea, a formação que eliminou o Benfica, nos 'oitavos', e o Palmeiras, de Abel Ferreira, nos 'quartos', e que sofreu o único desaire na fase de grupos, face ao Flamengo (1-3).
A formação londrina, vencedora da Liga Conferência e quarta na Premier League em 2024/25, parte como favorita, numa competição em que Enzo Maresca tem lançado em força os reforços para 2025/26, com aconteceu recentemente com o brasileiro João Pedro.
O avançado Delap, contratado ao Ipswich, e o central Colwill são baixas no Chelsea para as 'meias', por castigo, que também impede o 'Flu' de ter o central Juan Freytes e o médio Martinelli.
A formação inglesa, na qual o português Pedro Neto deverá ser titular e Dário Essugo suplente, já venceu o Mundial de clubes em 2021, numa final com o Palmeiras (2-1 após prolongamento), enquanto o Fluminense é o vice-campeão em título.
Os dois jogos estão marcados para as 20:00 (em Lisboa), ambos no MetLife Stadium, em East Rutherford, que também será o palco da final, no domingo, no mesmo horário.
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