Villas-Boas recorre a solução pouco vista com Pinto da Costa no FC Porto

Após uma época oscilante e distante dos grandes títulos, o FC Porto decidiu apresentar, este domingo, Francesco Farioli como sucessor de Martín Anselmi no comando técnico, naquela que é uma segunda aposta estrangeira consecutiva dos azuis e brancos.

Desde que rendeu Pinto da Costa na presidência dos dragões, André Villas-Boas já trocou de treinador por três ocasiões em pouco mais de um ano, sendo que a primeira (grande) mudança assentou na escolha de Vítor Bruno para suceder a Sérgio Conceição, após sete anos de trabalho na mesma equipa técnica no Dragão, com direito a muitas conquistas.

O ex-adjunto apenas soube o que era ser treinador principal durante meia época, até que Martín Anselmi entrou em cena. No entanto, as coisas pioraram e chega a vez de Francesco Farioli mostrar o que vale, sendo que todas as escolha de Villas-Boas têm uma particularidade em comum: a aposta em técnicos mais jovens.

Tempo de 'repescar' a 'receita' dos estrangeiros

O FC Porto já teve 36 treinadores estrangeiros de grande sucesso, desde Bobby Robson a Béla Guttmann e Dorival Yustrich, mas é preciso recuar no tempo para recordar as vezes em que se verificou uma aposta consecutiva em técnicos que não fossem portugueses.

Torna-se fácil de perceber, face à tabela acima apresentada, que as contínuas apostas em estrangeiros aconteceram sobretudo, no primeiro centenário do clube azul e branco, uma vez que, na era Pinto da Costa, as escolhas recaíram em técnicos portugueses na maior parte das vezes.

As épocas compreendidas entre 1991 e 1996 compuseram a grande exceção à regra, quando o brasileiro Carlos Alberto Silva iniciou um caminho de conquistas, que não foi acompanhado pelo croata Tomislav Ivic (que já havia sido escolhido por Pinto da Costa na histórica época de 1987/88), seguindo-se ainda o lendário Bobby Robson, com o inglês a recuperar o trilho vitorioso do FC Porto.

E como imperou o sangue italiano?

Para recordar a última vez que o FC Porto apresentou dois treinadores 'forasteiros' é preciso recuar até à época 2004/05, quando o italiano Luigi Delneri sucedeu o galardoado José Mourinho, numa passagem que durou semanas (!), face aos desentendimentos com a direção de Pinto da Costa, já depois de não ter comparecido a uma reunião. Foi aí que o espanhol Víctor Fernández assumiu as rédeas. Desde então, apenas o neerlandês Co Adriaanse (2005/06) e o espanhol Julen Lopetegui (2014-2016) foram escolhidos pelo antigo presidente dos dragões.

Oficial: Francesco Farioli é o novo treinador do FC Porto

Treinador italiano de 36 anos sucede a Martín Anselmi e chega para devolver títulos ao FC Porto. André Villas-Boas aposta no terceiro terceiro em pouco mais de um ano de mandato como presidente do clube azul e branco.

Francisco Amaral Santos, Luis Júnior | 11:01 - 06/07/2025

Antes dessa passagem efémera de Luigi Delneri, só três treinadores de nacionalidade italiana haviam passado pelo FC Porto, desde logo com Cattulo Gadda a abrir caminho no futebol azul e branco, em 1906/07, seguindo-se o ítalo-argentino Alejandro Scopelli, em 1948/49, e só depois o ítalo-uruguaio Ettore Puricelli, em 1959. Sem direito a destaque, nenhum garantiu títulos para o clube da cidade Invicta, pelo que Francesco Farioli, ex-Ajax, está desafiado a contrariar a tendência.

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