A World Boxing viu-se, esta quarta-feira, obrigada a endereçar um pedido de desculpas a Imane Khelif, depois de, na passada semana, ter anunciado que esta ficaria excluída da categoria feminina até realizar os novos testes de género obrigatórios.
À estação televisiva britânica BBC Sport, um porta-voz do organismo que rege o pugilismo amador sublinhou que o presidente, Boris van der Vorst, enviou uma carta à campeã olímpica, retratando-se pelo facto de a ter apontado como um exemplo e assumindo que "a privacidade da atleta deveria ter sido protegida".
A argelina, recorde-se, conquistou a medalha de ouro na categoria de -66kg, nos últimos Jogos Olímpicos, disputados na capital francesa de Paris, já depois de ter sido afastada de todas as competições organizadas pela Associação Internacional de Boxe.
O organismo alegava, na altura, ter testes que comprovavam que a atleta de 26 anos de idade era, na verdade, um homem. No entanto, nunca chegou a divulgá-los, pelo que esta foi autorizada a participar na competição.
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