Encontro da Canção de Protesto 'faz-se ouvir' em Grândola

A descolonização, os velhos e novos desafios da liberdade de expressão na música e o Processo Revolucionário em Curso (PREC) 'dominam', este ano, o Encontro da Canção de Protesto, em Grândola, entre sexta-feira e domingo.

25 de Abril de 1975, Cravos,

© Horacio Villalobos#Corbis/Getty Images

Lusa
05/06/2025 22:00 ‧ ontem por Lusa

Cultura

Música

O evento, organizado pela Câmara de Grândola, no distrito de Setúbal, no âmbito do Observatório da Canção de Protesto, vai oferecer ao público exposições, cinema documental, sessões testemunhais e colóquios.

 

A música é outro dos destaques, com o programa a incluir concertos de Jorge Palma, Camané, Samuel Úria e Filipe Sambado, referiu o município, em comunicado.

A descolonização, os velhos e novos desafios da liberdade de expressão na música e o Processo Revolucionário em Curso (PREC) são os temas em foco na edição deste ano do evento e que "estão atuais" e "na ordem do dia", disse hoje à agência Lusa a vice-presidente do município, Carina Batista.

"Temos que continuar a falar neles, continuar a divulgá-los, para que as pessoas estejam cada vez mais despertas e mais atentas" a esta realidade, defendeu a autarca.

Considerando que "a música é transversal às idades, às religiões e às crenças", Carina Batista lembrou que esta é também "uma forma de comunicar aquilo que vai na alma dos artistas", sobre o "que está mal no seu país e no mundo".

"É uma forma de juntarmos gerações e de não deixarmos cair no esquecimento aquilo que foi a luta de muitos artistas há 50 anos e até há muitos mais", em Portugal e noutros países, acrescentou.

De acordo com a organização, o encontro arranca, na sexta-feira, às 18:00, com a apresentação da exposição "Só Se Pode Querer Tudo Quando Não Se Teve Nada", produzida pelo Observatório da Canção de Protesto, no Cineteatro Grandolense.

No primeiro dia do evento, o público terá ainda a oportunidade de assistir à atuação do Coro da Casa da Achada, às 21:30, seguido do concerto de Jorge Palma, às 22:30, ambos no Jardim 1.º de Maio.

No segundo dia, as atividades decorrem no Cineteatro Grandolense, com uma sessão testemunhal sobre "Música e Descolonização: 50 Anos Depois", pelas 11:00, na qual participam o MC e ativista Flávio Almada (LBC Soldjah), a rapper Mynda Guevera e a cantora Lúcia Gomes.

Às 12:45, é apresentado o livro "A Cantiga Só É Arma Quando a Luta Acompanhar! Canção e Política na Revolução dos Cravos (1974-1976)", da autoria de Hugo Castro e editado pelo Observatório da Canção de Protesto e pela Edições Afrontamento.

De tarde, é apresentada a peça de cinema documental "Liberdade para José Diogo", realizada por Luís Galvão Teles, seguida de um colóquio associado em que participam Conceição Serrão, Constantino Piçarra, Graça Moreira, Jorge Serrão e João Madeira.

No Auditório Municipal Cine Granadeiro, pelas 21:30, realiza-se o concerto de Camané e, logo depois, às 23:00, o cantor Samuel Úria apresenta o disco 2000 A.D., no Jardim 1.º de Maio.

A edição deste ano do evento termina, no domingo, com um colóquio sobre os velhos e novos desafios da liberdade de expressão na música, às 11:00, no Cineteatro Grandolense, com Filipe Sambado, Luís Varatojo, Nuno Pacheco e Ricardo Alexandre.

Está ainda prevista uma sessão de canto livre, a partir das 15:30, em que os artistas Filipe Sambado e Vaiapraia convidam Chica, no auditório Cineteatro Grandolense.

De acordo com a organização todas as iniciativas relacionadas com o evento têm entrada gratuita.

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